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MEU AMIGO LORENZO

MEU AMIGO LORENZO

Novo e comovente filme do diretor André Luiz Oliveira tem pré-estreia no dia 2 de abril, no Cine Cultura Liberty Mall

*Em cartaz a partir do dia 04/04, no Liberty e no Espaço Itaú, e temporadas em Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte (a partir de 11/04) e Salvador e Rio de Janeiro (18/04), sempre no Espaço Itaú

*Registro poético de 15 anos da amizade musical entre o cineasta e músico André Luiz Oliveira e Lorenzo Barreto, um menino com autismo

*Prêmio de Melhor Longa-metragem pelo público do Festival Primavera do Cine, de Vigo, na Galícia

*Pré-estreia no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, seguida de apresentação musical de Lorenzo Barreto e conversa com os realizadores

*MAIS INFORMAÇÕES E FOTOS EM ALTA:
www.meuamigolorenzo.com.br

Uma criança especial, uma musicoterapeuta, um cineasta/músico, um encontro inesperado. Um filme que reflete sobre o poder da música e do acolhimento como ferramentas para a expressão mais profunda da personalidade de uma criança com autismo. Um filme sobre empatia, amizade, afeto. Assim é “Meu amigo Lorenzo”, novo longa-metragem do premiado cineasta e músico André Luiz Oliveira, que chega às telas em pré-estreia no próximo dia 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo, às 19h, no Cine Cultura Liberty Mall. Após a sessão, haverá uma curta apresentação musical de Lorenzo Barreto e uma conversa com a equipe do filme. A partir de 4 de abril, o longa pode ser visto no Liberty e no Espaço Itaú CasaPark.

O filme estreia no Brasil com o aval do público da Galícia, que o escolheu como Melhor Longa-metragem no festival Primavera do Cine de 2023, de Vigo. “Meu amigo Lorenzo” é o registro de uma vida. Tudo começou num encontro em um “setting” de musicoterapia (ambiente especial onde o atendimento acontece), quando André Luiz foi convidado a registrar as sessões terapêuticas de uma criança autista. A empatia entre o cineasta/músico e a criança foi imediata. Dessa maneira, teve início um processo de 15 anos de filmagens e o nascimento de uma amizade musical onde o amor foi o caminho para o desenvolvimento da personalidade artística da criança. Ao longo de 96 minutos, o público é convidado a conhecer um relato intimista desta história baseada em acolhimento, música e afeto.

Meu amigo Lorenzo” acompanha o desenvolvimento de Lorenzo Barreto, desde quando era uma criança até mais recentemente. Diz o diretor: “Percebi que ele tinha imensas qualidades musicais e enormes dificuldades psicomotoras. Isso teve um grande impacto sobre mim. Quando nos conhecemos, Lorenzo tinha 4 anos e não parei de filmá-lo até os 19. Sem nenhuma ideia do que iria fazer, muito menos que resultaria num filme de longa-metragem”, revela André Luiz.

Para o cineasta, os encontros com Lorenzo sempre foram extremamente valiosos para ele, assim como importantes para o desenvolvimento estrutural da criança. “A música que flui através dele vem de uma região muito profunda do seu ser e é como o ar que respira. Tocar com ele, ouvi-lo e ser ouvido por ele foi e continua sendo extremamente prazeroso, luminoso, desafiador”.

Meu amigo Lorenzo” foi premiado no FAC – Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Distrito Federal, para a finalização da obra, via Arranjos Regionais/FSA. Em 2022, participou das Rodadas de Negócios do DocSp e do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Além de entrar em cartaz no circuito Cine Cultura Liberty Mall e no Espaço Itaú, o filme será exibido gratuitamente, em diferentes regiões administrativas.

O novo filme de André Luiz Oliveira também entrará em cartaz no Espaço Itaú nas cidades de Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte (a partir de 11 de abril) e ainda em Salvador e Rio de Janeiro (a partir de 18 de abril).

CINEMA E MUSICOTERAPIA

A história do longa-metragem começa em 2007, quando a musicoterapeuta Clarisse Prestes recebeu no “setting” de musicoterapia em sua casa, nos arredores de Brasília, uma criança autista de quatro anos de idade chamada Lorenzo Barreto. Ela então convidou André Luiz para gravar algumas imagens em fita MiniDV. “Eu, por curiosidade, aceitei”, revela o cineasta e músico. E acrescenta: “A partir desse dia, filmei todas as sessões durante 15 anos. O meu fascínio pelo autismo e pela criança em si, com a sua misteriosa, incompreensível e exuberante musicalidade me levaram compulsoriamente a realizar este filme “Meu amigo Lorenzo”.

Depois de dez anos de filmagens, em 2017, André Luiz percebeu que tinha acumulado um verdadeiro tesouro de imagens, registros de uma experiência existencial preciosa e incomum. Mais ainda: percebeu o quanto a convivência com Lorenzo e outros autistas que acompanhava pontualmente no setting abriu para ele novas portas de percepção do mundo. “O cinema e a música sempre foram os meus dois meios de expressão e de estar no mundo, entretanto, o autismo se revelou para mim como um desafio necessário que eu precisava incorporar à minha experiência de vida”.

Segundo André Luiz, a convivência com Lorenzo e outros autistas revelou que, se há disposição de se sobrepor ao preconceito, ao medo e às ordens internas de separatismo e intolerância, a pessoa encontra algo muito precioso neles que é a pureza de estar no mundo sem julgamento, sem disputa, inteiramente entregue ao presente. “Acho que o filme “Meu amigo Lorenzo” consegue transmitir esse estado de espírito amoroso e compassivo tão necessário nos dias de hoje”, afirma o diretor.

REDUZINDO PRECONCEITOS E DESINFORMAÇÃO

Meu amigo Lorenzo” estreia exatamente no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, dia 2 de abril, para chamar a atenção para uma questão que é de extrema importância e relevância social. O autismo é um transtorno no desenvolvimento infantil multifatorial, que afeta a capacidade de relacionamento com pessoas e o ambiente, por apresentar prejuízos na comunicação social e comportamentos restritos e repetitivos.

De acordo com a musicoterapeuta Clarisse Prestes, “infelizmente, nos últimos anos, o tratamento que se impôs à sociedade como aquele que funciona para o autismo, supostamente o único com “comprovação científica”, é o comportamental. Esse modelo tem dominado hegemonicamente o pensamento sobre como devem ser as intervenções”. Para ela, essa prática impõe ao indivíduo autista um conjunto de habilidades que nem sempre vem ao encontro de suas necessidades como ser humano integral.

“O filme mostra que há outras formas de se estar com o indivíduo com autismo já que estamos caminhando em outro sentido. O importante para nós que lidamos por quase duas décadas com essas crianças é o amor incondicional, o respeito ao outro, e o “estar junto” na prática, sem imposição de teorias ou modelos externos pré-determinados. Afinal, além de um diagnóstico, existe ali um sujeito com sua individualidade e suas preferências que pode se manifestar desde que encontre um ambiente seguro e acolhedor”, afirma Clarisse.

O pensamento da musicoterapeuta é corroborado pelo depoimento da psiquiatra e psicanalista Inês Catão, para quem o filme chega em momento mais que oportuno, pois evidencia a eficácia de um trabalho terapêutico que anda na contramão das pressões de mercado que, segundo ela, vêm transformando o autismo num campo de disputas narrativas de poder que não considera o sujeito. “O filme narra vários anos de trabalho clínico com um menino autista que se organiza em torno da música, seu interesse específico e a enorme melhora de qualidade de vida, sem deixar de ser autista. A música para Lorenzo não é puro deleite. Ela desempenha uma função estruturante. O filme é a história de um encontro bem sucedido entre Lorenzo, uma musicoterapeuta e um músico que souberam escutá-lo e respeitar sua singularidade, seu tempo, sem a forçagem de treinamentos de comportamento visando uma suposta normalidade”.

De acordo com o relatório do CDC (Centers for Diseases Control and Prevention), dos Estados Unidos, publicado em março de 2023, 1 em cada 36 crianças aos 8 anos de idade é diagnosticada com TEA. Fazendo um comparativo com a população brasileira (estimada em 203.080.756, segundo o Censo 2022 do IBGE), calcula-se que o número de pessoas com o transtorno no país chegue a 5.641.132. Esse número representa um aumento de 22% em relação ao estudo anterior, feito em 2018.

A EQUIPE

O DIRETOR – ANDRÉ LUIZ OLIVEIRA
Cineasta, músico, roteirista, realizou curtas, médias e longas-metragens, além de shows musicais e trilhas sonoras para filmes. Em 1969, dirigiu o primeiro longa “Meteorango Kid – O Herói Intergalático”, ícone do “cinema marginal”, que participou de vários festivais internacionais. Os longas “A Lenda de Ubirajara”, de 1974, e “Louco por Cinema”, de 1994, ganharam vários prêmios e viajaram pelo mundo. Em 2009, lança o doc/ficção “Sagrado Segredo”. A partir 2009, inicia um ciclo de documentários: “Cozinheiro do Tempo – Bené Fonteles” (2009), “Mário Cravo, O Ferreiro de Exu” (2012), “Zirig Dum Brasília – A Arte e o sonho de Renato Matos” (2014). Com “O Outro lado da Memória” (2018), em parceria com Rama de Oliveira, e “Mito e Música – A Mensagem de Fernando Pessoa” (2019), conquista diversos prêmios no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ambos os filmes foram licenciados pelo Canal Brasil. Em 2020, lança a ficção “Ecos do Silêncio” e em 2023 chega com o documentário “Meu amigo Lorenzo”. André é da Bahia e vive em Brasília desde 1991.

A MUSICOTERAPEUTA – CLARISSE PRESTES
Licenciada em Educação Artística com Habilitação em Música, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Clarisse é Pós-graduada em musicoterapia pela FEPECS, através do Instituto Vida Una em 2007. Especializada em TEA – Transtorno do Espectro do Autismo e outros transtornos do desenvolvimento, tem participado de diversos congressos no Brasil e em outros países, sempre abordando a temática do Autismo. Clarisse é do Rio Grande do Sul e mora em Brasília desde 1990.

A PRODUTORA – CARINA BINI
Produtora e diretora de cinema, formada em Jornalismo pela UEL-PR. Em 1998, estudou cinema na Índia; em 2011, estudou roteiro no Centro Sperimentale di Cinematografia – Roma. Produziu o longa premiado “Mito e Música – A Mensagem de Fernando Pessoa”, de André Luiz Oliveira e Rama de Oliveira. Em fase de montagem do seu primeiro longa, prepara as filmagens da série “As Pajés”. Realiza o Festival Internacional Cinema e Transcendência há 10 anos. Carina é do Paraná e mora em Brasília desde 2005.

FICHA TÉCNICA

Roteiro e Direção: ANDRÉ LUIZ OLIVEIRA
Pesquisa e Consultoria: CLARISSE PRESTES
Produção Executiva: CARINA BINI
Assistente de Produção: SUELI NAVARRO
Elenco principal: LORENZO BARRETO
Diretor de fotografia: ADELSON BARRETO
Montagem: ANDRÉ LUIZ OLIVEIRA e MADAM PRODUÇÕES
Trilha sonora: ANDRÉ LUIZ OLIVEIRA
Som direto: MARCOS MANNA
Desenho de som e mixagem: MICAEL GUIMARÃES, A3pS
Duração: 96 minutos
Censura: Livre

SERVIÇO

Local: Cine Cultura Liberty Mall (SCN Quadra 2, Bloco D, Asa Norte)
Estreia: 2 de abril de 2024
Horário: 19h
Em cartaz no mesmo cinema a partir de 04 de abril de 2024
Ingressos no local

SITE: www.meuamigolorenzo.com.br
LINK PARA ACESSAR O TRAILER: https://vimeo.com/828681496?share=copy
Senha: LORENZO
_____________________________________________________________________
Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112 – Carmem Moretzsohn: (61) 98142-0111
objetosim@gmail.com | objetosimprojetosculturais@gmail.com

OFICINA RESSONÂNCIA CORPORAL NO CENA CONTEMPORÂNEA

OFICINA RESSONÂNCIA CORPORAL NO CENA CONTEMPORÂNEA

Dias 24 e 25 de outubro, das 9h30 às 13h, Galeria 3 do CCBB
Com Yumiko Yoshioka e Eduardo Okamoto
Inscrições a partir do dia 9 de outubro de 2023

Desde 2004 – e mais intensamente a partir de 2018 – Eduardo Okamoto mantém intercâmbio com Yumiko Yoshioka, pertencente à terceira geração de artistas da dança butoh, a manifestação cênica japonesa criada no pós-guerra. A dançarina desenvolveu um estilo pessoal de trabalho corporal chamado “Ressonância Corporal”, que integra práticas do butoh com o Noguchi Taiso e vários outros métodos de treinamento asiáticos.

A “Ressonância Corporal” parte da ideia de que o mundo, incluindo nosso corpo, consiste em ondas vibracionais que criam ressonâncias constantes como ecos. Quando sintonizamos nosso corpo nessas frequências, recebemos imagens, sentimentos e sensações. Para que isso aconteça, precisamos, primeiro, nos livrar da tensão desnecessária, removendo a ferrugem e polindo a antena para captar ondas de camadas profundas do corpo. As transformações e concentrações da dança quebram a casca da forma. Elas derretem a armadura do nosso ego, permitindo que memórias ressonantes emerjam das nossas células que flutuam no líquido primordial do tempo.

Participantes: 16 pessoas
Público-alvo: profissionais e estudantes de artes cênicas (teatro, dança e circo)
Pré-requisito: apresentação de currículo comprovando experiência anterior
Inscrições: gratuitas, a partir de 09 de outubro, por meio de formulário online cujo link será oportunamente divulgado no site do CCBB e nas redes sociais do festival.

CCBB BRASÍLIA RECEBE A 24ª EDIÇÃO DO FESTIVAL CENA CONTEMPORÂNEA, DE 17 A 29 DE OUTUBRO

CCBB BRASÍLIA RECEBE A 24ª EDIÇÃO DO FESTIVAL CENA CONTEMPORÂNEA, DE 17 A 29 DE OUTUBRO

Edição especial de um dos maiores festivais de artes cênicas do Brasil apresenta espetáculos premiados e estreias

*Programação inclui coletivos com trajetória consagrada, como Galpão, Cia Dos à Deux e Cia. dos Atores

*Apresentação de “Macacos”, de Clayton Nascimento, um dos mais premiados trabalhos do teatro brasileiro dos últimos anos

*Do Japão, a dançarina e coreógrafa Yumiko Yoshioka com “Before the Dawn”, celebrado espetáculo de butoh

*Estreia de trabalhos do Teatro do Concreto e da Agrupação Teatral Amacaca, ambos de Brasília

*Espetáculos com acessibilidade, encontros com artistas e oficina

FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72177720310845185

VÍDEO COM TRECHOS DOS ESPETÁCULOS:
https://drive.google.com/file/d/1nVthODze0p6mWxfGzP-GMQc8zyaALRCi/view?usp=share_link

Tudo é celebração na 24ª edição do Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília, que acontece de 17 a 29 de outubro, no CCBB Brasília. Em formato especial, o maior festival das artes cênicas da região central do país traz na programação sete obras inéditas em Brasília, entre alguns dos mais premiados espetáculos dos últimos tempos, trabalhos de importantes coletivos teatrais comemorando datas festivas em suas trajetórias e premiados artistas brasileiros e estrangeiros, além de duas estreias. Uma edição com a essência desse festival que, anualmente, apresenta um panorama do que se produz de mais inventivo, provocador e surpreendente nos palcos nacionais e internacionais. A abertura será com o Grupo Galpão, “os Beatles do teatro brasileiro”, segundo o diretor Felipe Hirsch, com o espetáculo “Cabaré Coragem”, no dia 17 de outubro, às 20h, no Teatro do CCBB Brasília.

Realizado pela Cena Promoções, com curadoria e direção geral de Guilherme Reis, o Cena Contemporânea foi criado em 1985 e se firmou como um dos festivais de teatro mais relevantes da América do Sul. Ao longo de 24 edições, tem oferecido ao público uma programação que conjuga apresentações de teatro e dança, oficinas, encontros, debates e shows musicais.

Em 2023, o Cena chega com uma edição enxuta, toda realizada dentro do Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, oferecendo três sessões com acessibilidade. Ao longo de 13 dias, o palco do Teatro e a Galeria 3 do CCBB receberão trabalhos que propõem a reflexão sobre temas que atravessam a agenda contemporânea, em questões de comportamento e convivência social, como racismo, identidade, etarismo, opressão, violência, desigualdade, medo, mas também renascimento, poesia, superação, com grande impacto cênico e visual. O patrocínio é do Banco do Brasil.

O FESTIVAL

A programação abre com o novo trabalho do Grupo Galpão, um dos mais longevos e consagrados coletivos do teatro brasileiro, parceiro frequente do festival. “Cabaré Coragem” celebra os 40 anos do grupo e leva para a cena uma mistura de dramaturgia, música e dança, para falar de identidade e permanência. Inspirado na obra poética e musical de Bertold Brecht – especialmente no clássico “Mãe Coragem” -, o cabaré apresenta o Galpão de volta ao teatro popular e de rua. Alguns dos integrantes da companhia vão participar de um bate-papo com o público, no dia 19 de outubro, às 15h, no Teatro do CCBB – a conversa terá tradução em Libras.

A Galeria 3 acolhe a mais recente experiência cênica do Teatro do Concreto, coletivo de Brasília que incorpora dramaturgias pessoais, processo colaborativo e performance em suas criações. Em “Atos de Leitura”, que comemora os 20 anos do Concreto, as atrizes Gleide Firmino e Micheli Santini se aprofundam na obra de Samuel Beckett, sob a condução da pesquisa dramatúrgica dos diretores Márcio Abreu e Glauber Coradesqui.

Enquanto você voava, eu criava raízes” é título do premiado espetáculo da Cia Dos à Deux, que marca os 25 anos de trajetória do grupo. A obra conquistou alguns dos mais importantes prêmios do teatro brasileiro, como APTR e Shell, e fez temporada de um mês no célebre Festival de Avignon, na França. Em cena está um cruzamento poético entre o teatro gestual, as artes plásticas e o audiovisual, que convida o espectador a uma jornada exuberante.

Em “Julius Caesar – Vidas Paralelas”, a Cia. dos Atores, sob a direção e com a dramaturgia do ator e diretor Gustavo Gasparani, se inspira na clássica tragédia de Shakespeare para tratar das relações humanas. Todas as questões de um grupo de teatro que convive há décadas, bem como assuntos mais amplos da classe artística, vão se revelando no decorrer da trama – cruzando-se com a história original de Shakespeare, que vai se desenhando ao longo dos ensaios. O espetáculo celebra os 35 anos do grupo carioca.

Do Japão, o Cena Contemporânea recebe a dançarina e coreógrafa de butoh Yumiko Yoshioka, que vai apresentar o solo “Before The Dawn” e ministrar uma oficina junto com o ator e diretor paulista Eduardo Okamoto. Em “Before The Dawn”, Yumiko toca em temas como nascimento e morte, num movimento perpétuo e constante. Durante a oficina, a intérprete/criadora apresentará seu método de trabalho corporal chamado “Body Resonance”.

A Agrupação Teatral Amacaca, coletivo de Brasília que era dirigido pelo saudoso Hugo Rodas, estreia no Cena Contemporânea o espetáculo “2 + 2 = 5”, livre adaptação para o teatro do romance distópico “1984”, do escritor britânico George Orwell. Sob a direção do premiado encenador carioca Felipe Vidal, o trabalho mistura performance teatral e tecnológica para abordar temas como privação de liberdade, ignorância, doutrinação.

E a programação encerra com o premiado “Macacos”, criado, dirigido e protagonizado pelo ator Clayton Nascimento, trabalho que lota todos os teatros por onde passa. O espetáculo se coloca em cena a partir do relato de um homem negro, em busca de outros espaços para ocupar, diante do adjetivo “macaco”, a fim de refletir sobre esse que é o mais usado xingamento ao povo negro no mundo. Com “Macacos”, o dramaturgo, ator, diretor e professor Clayton Nascimento conquistou mais de uma dezena de prêmios, como o Shell e o APCA. O artista participa de uma conversa com o público, no dia 29 de outubro, às 15h30.

PROGRAMAÇÃO DIÁRIA

TERÇA, DIA 17/10
20h – CABARÉ CORAGEM – Grupo Galpão – Teatro

QUARTA, DIA 18/10
20h – CABARÉ CORAGEM – Grupo Galpão – Teatro

QUINTA, DIA 19/10
15h – Encontro com Grupo Galpão 40 Anos
*Tradução em Libras

20h – CABARÉ CORAGEM – Grupo Galpão – Teatro
*Sessão com audiodescrição

SEXTA, DIA 20/10
20h – ATOS DE LEITURA – Teatro do Concreto – Galeria 3

SÁBADO, DIA 21/10
20h – ATOS DE LEITURA – Teatro do Concreto – Galeria 3
*Sessão com tradução em Libras

20h – ENQUANTO VOCÊ VOAVA, EU CRIAVA RAÍZES – Cia Dos à Deux – Teatro

DOMINGO, DIA 22/10
17h e 20h – ENQUANTO VOCÊ VOAVA, EU CRIAVA RAÍZES – Cia Dos à Deux – Teatro

TERÇA, DIA 24/10
9h30 às 13h – OFICINA RESSONÂNCIA CORPORAL – Com Yumiko Yoshioka (Japão) e Eduardo Okamoto (SP) – Galeria 3

20h – JULIUS CAESAR – VIDAS PARALELAS – Cia. dos Atores – Teatro

QUARTA, DIA 25/10
9h30 às 13h – OFICINA RESSONÂNCIA CORPORAL – Com Yumiko Yoshioka (Japão) e Eduardo Okamoto (SP) – Galeria 3

20h – JULIUS CAESAR – VIDAS PARALELAS – Cia. dos Atores – Teatro

QUINTA, DIA 26/10
Local: Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes/ UnB
18h – Apresentação de livros da SIM! EDIÇÕES e lançamento do livro “Atuar-Produzir | Desafios de Artistas da Cena Frente à Gestão de Suas Trajetórias” –

20h – BEFORE THE DAWN – Yumiko Yoshioka – Teatro

SEXTA, DIA 27/10
19h – 2 + 2 = 5 – ATA – Agrupação Teatral Amacaca – Galeria 3
*Sessão com audiodescrição

20h – BEFORE THE DAWN – Yumiko Yoshioka – Teatro

SÁBADO, DIA 28/10
18h – MACACOS – Cia do Sal – Teatro

19h – 2 + 2 = 5 – ATA – Agrupação Teatral Amacaca – Galeria 3

DOMINGO, DIA 29/10
15h30 – Encontro com Clayton Nascimento – Teatro

18h – MACACOS – Cia do Sal – Teatro

19h – 2 + 2 = 5 – ATA – Agrupação Teatral Amacaca – Galeria 3

SINOPSES ESPETÁCULOS

17, 18 e 19 de outubro, às 20h, Teatro CCBB
CABARÉ CORAGEM – GRUPO GALPÃO

Inspirando-se na obra poética e musical do dramaturgo alemão Bertold Brecht, mais especificamente na icônica “Mãe Coragem”, o Grupo Galpão, um dos mais longevos e consagrados da história do teatro brasileiro, celebra 40 anos de trajetória. No espetáculo Cabaré Coragem, o Galpão retorna às suas origens de teatro popular e de rua, misturando dramaturgia, música e dança, para tocar em questões como a desigualdade social e as implacáveis regras do sistema capitalista. A obra apresenta uma trupe envelhecida e decadente que, apesar das intempéries e dos revezes, reafirma a arte como lugar de identidade e permanência. Ao mesclar um repertório de músicas interpretadas ao vivo com números de variedades e danças, fragmentos de textos da obra de Brecht e cenas de dramaturgia própria, o Cabaré Coragem convida o público a uma viagem sonora e visual.
GRUPO GALPÃO – Criado em 1982, em Belo Horizonte, com a proposta de construção de um teatro de grupo, de pesquisa e com raízes profundamente populares, o Galpão alia rigor, investigação e busca de linguagens em montagens de grande poder de comunicação com o público. Os espetáculos do grupo propõem o diálogo entre o popular e o erudito, tradição e contemporaneidade, universal e regional brasileiro. A companhia é formada por 12 atores que, ao longo de mais de 40 anos de estrada, vêm trabalhando sob a direção de diferentes encenadores, como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Márcio Abreu, além dos próprios integrantes do grupo, como é o caso de Cabaré Coragem, cuja direção é de Júlio Maciel.
Os números do Grupo Galpão impressionam: 26 espetáculos ao longo de 41 anos de trajetória, 1.900.000 de espectadores, 100 prêmios brasileiros, 19 países, 67 festivais nacionais e 172 festivais internacionais.
FICHA TÉCNICA:
Direção: Júlio Maciel
Com Antônio Edson, Eduardo Moreira, Inês Peixoto, Luiz Rocha, Lydia del Picchia, Simone Ordones e Teuda Bara
Direção musical, arranjos e trilha sonora: Luiz Rocha
Cenografia e figurino: Márcio Medina
Dramaturgia: Coletiva
Supervisão de dramaturgia: Vinícius de Souza
Direção de cena e coreografia: Rafael Bacelar
Iluminação: Rodrigo Marçal
Adereços e pintura de arte: Marney Heitmann
Preparação corporal e do gesto: Fernanda Vianna
Preparação vocal: Babaya
Colaboração artística: Paulo André e João Santos
Maquiagem e perucaria: Gabriela Dominguez
Projeto gráfico: Filipe Lampejo e Rita Davis
Direção de Produção: Gilma Oliveira
DURAÇÃO: 90 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos

20 e 21 de outubro, às 20h, Galeria 3
ATOS DE LEITURA – TEATRO DO CONCRETO

Um arquivo performativo, vivo e diverso, no qual a ação de ler textos, paisagens, objetos, acontecimentos e memórias ao longo do tempo constitui um exercício radical de enfrentamento à palavra como material de composição da cena. Partindo da obra literária e dramatúrgica do irlandês Samuel Beckett, as atrizes Gleide Firmino e Micheli Santini buscam nas palavras refúgio para lidar com os vestígios do isolamento e da extinção.
TEATRO DO CONCRETO – Fundado em 2003, o Concreto é um grupo de Brasília que reúne artistas interessados em dialogar com a cidade e seus significados simbólico e real por meio da criação cênica. Assume, desde sua origem, a diversidade e a pesquisa como princípios de gestão e composição artística, mobilizando criadores de diversas regiões do Distrito Federal e aprofundando a interação com diferentes artistas e áreas do conhecimento. Suas criações se orientam pela perspectiva do processo colaborativo e se caracterizam, principalmente, pela elaboração de uma dramaturgia própria, pela radicalização no uso de depoimentos pessoais, pela investigação da cena no espaço urbano, pela relação com as práticas da performance e pela busca por diferentes modos de engajar o espectador. Ao longo de sua trajetória, o grupo estreou 9 espetáculos e intervenções cênicas, publicou 3 obras de referência para o campo da pesquisa teatral e realizou diversos projetos de interação com a comunidade, consolidando-se como referência para o teatro de grupo na região Centro-Oeste.
FICHA TÉCNICA:
Criação: Gleide Firmino e Micheli Santini
Direção e pesquisa de dramaturgia: Márcio Abreu e Glauber Coradesqui
Colaboração artística: João Turchi
Criação sonora: Felipe Storino
Direção técnica: Rodrigo Fischer
Assistente de produção: Deni Moreira
Produção executiva: Junior Cecon
DURAÇÃO: 90 minutos
CLASSIFICAÇÃO: 16 anos

21 de outubro, às 20h, e dia 22, às 17h e às 20h, Teatro CCBB
ENQUANTO VOCÊ VOAVA, EU CRIAVA RAÍZES – CIA DOS À DEUX

Espetáculo que apresenta os cruzamentos poéticos entre o teatro gestual, as artes plásticas e o audiovisual e que celebra os 25 anos de trajetória da Cia Dos à Deux. Em “Enquanto você voava, eu criava raízes” nenhuma palavra é dita e a dramaturgia é guiada pelos corpos em diálogo com as artes visuais, o cinema, a dança e o teatro. Nesse navegar por várias linguagens, os significados também se apresentam diversos e chegam ao público em camadas múltiplas e plurais. Assim, entre sonho e realidade, somos apenas um emaranhado de sombras e luzes, diante do imensurável, da imensidão e do mistério do abismo. O espetáculo é uma caminhada e, a um só tempo, perturba as percepções do espectador, revelando a força do onírico. Um tempo-espaço em que o amor e a cura são manifestações de nossa consciência para além dos medos, angústias e feridas profundas. E um universo cenográfico que nos transporta para um oráculo, um portal, o tempo suspenso de um sonho nos conduz aos nossos próprios sonhos, aos nossos próprios abismos. Uma experiência para ver com os ouvidos e ouvir com olhos. “Enquanto você voava, eu criava raízes” fez um mês de temporada no Festival de Avignon, França.
CIA DOS À DEUX – Há 25 anos, André Curti e Artur Luanda Ribeiro se conheceram em Paris e decidiram começar uma pesquisa teatral e coreográfica, tendo como inspiração a obra “Esperando Godot”, de Samuel Beckett. O trabalho, intitulado “Dos à Deux”, veio a dar nome à companhia e, apresentado no Festival de Avignon, provocou reconhecimento imediato da crítica e dos curadores, o que levou a companhia a todos os países da Europa, além da África, América do Sul, Coreia do Sul e Índia, num total de mais de 50 países em 3 mil apresentações e um repertório que inclui nove trabalhos. Desde 2015, a Dos à Deux passou a ter duas sedes: uma em Paris e outra no Rio de Janeiro.
Espetáculo premiado em diversas categorias do Prêmio APTR (melhor espetáculo, melhor cenografia e melhor música), Cesgranrio e Shell.
FICHA TÉCNICA:
Direção, dramaturgia, cenografia, coreografia e performance: André Curti e Artur Luanda Ribeiro
Música original: Federico Puppi
Iluminação: Artur Luanda Ribeiro
Cenotécnica: Jessé Natan e VRS
Criação de objetos: Diirr
Criação videográfica: Laura Fragoso
Imagens: Miguel Vassy e Laura Fragoso
Figurino: Ticiana Passos
Operação de som e vídeo: Gabriel Reis
Técnico de vídeo: Lesley Oliveira
Técnico e operação de luz: Francisco Alves – PH e Tiago D’Avila
Contrarregragem e coordenação de palco: Iuri Wander
Preparação/criação percussiva: Chico Santana
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela – Galharufa Produções
DURAÇÃO: 55 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 18 anos

24 e 25 de outubro, às 20h, Teatro CCBB
JULIUS CAESAR – VIDAS PARALELAS – CIA. DOS ATORES

Espetáculo que celebra os 35 anos da Cia. dos Atores, “Julius Caesar – Vidas Paralelas” inspira-se na obra de William Shakespeare, publicada originalmente em 1599, para falar da miséria humana na luta pelo poder. Utilizando-se da metalinguagem, o trabalho apresenta uma analogia entre os personagens da tragédia clássica e atores de um grupo de teatro que convivem há décadas e decidem encenar o texto shakespeariano. Na trama original, no ano 44 a.C., prestes a ser entronizado imperador, Júlio César é brutalmente assassinado por um complô de antigos apoiadores. Na versão da companhia, a macropolítica se espelha na micropolítica, nos ensaios de um grupo teatral, refletindo os medos, frustrações, angústias, decepções e as vaidades pessoais cotidianas que precisam ser deixadas de lado em nome do coletivo. O aposto “Vidas Paralelas” não só faz alusão a esse diálogo entre passado e presente, mas também presta um tributo ao título do livro do filósofo e historiador grego Plutarco, que inspirou Shakespeare a escrever a sua versão da tragédia.
CIA. DOS ATORES – Formada pelos atores Cesar Augusto, Gustavo Gasparani, Marcelo Olinto, Marcelo Valle, Susana Ribeiro e Bel Garcia (in memoriam), a Cia. dos Atores mantém-se em atividade ininterrupta desde 1998, tendo recebido os principais prêmios do teatro brasileiro. Seu repertório inclui mais de uma dezena de espetáculos, como “Melodrama”, “A Morta”, “O Rei da Vela”, “A Bao A Qu (Um Lance de Dados)”, “Conselho de Classe” e “Insetos”. Mantendo o mesmo núcleo de atores, esse grupo carioca, além de ter se apresentado em festivais nacionais e internacionais, foi responsável pela direção artística de dois teatros da rede municipal da prefeitura do Rio de Janeiro: Teatro Ziembinski e Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto.
FICHA TÉCNICA:
Dramaturgia e direção: Gustavo Gasparani
Com Cesar Augusto, Gabriel Manita, Gilberto Gawronski, Isio Ghelman, Lucas da Purificação e Suzana Nascimento.
Direção de produção: Claudia Marques – Fábrica de Eventos
Cenografia: Beli Araújo
Figurinos: Marcelo Olinto
Iluminação: Ana Luzia De Simoni
Direção de Vídeo Cenário: Batman Zavareze
Direção musical e trilha sonora composta: Gabriel Manita
DURAÇÃO: 120 min
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos

26 e 27 de outubro, às 20h, Teatro CCBB
BEFORE THE DAWN – YUMIKO YOSHIOKA

A obra – que poderia ser traduzida por algo como “Antes do Amanhecer” – apresenta uma dança de metamorfose, onde a escuridão se funde com a claridade. Por meio de sua própria transformação, Yumiko ilumina os segredos dos corpos humanos. Criaturas escondidas nas memórias esquecidas começam a reviver alegremente. Algo grotesco, mas estranhamente belo, chama a atenção. O espectador se sente cativado por esta estranha força, uma fonte de escuridão e luz. O público então testemunha um universo cujos protagonistas são o movimento perpétuo e a mudança incessante e onde até mesmo a imobilidade é extremamente expressiva. Tudo está prestes a renascer.
YUMIKO YOSHIOKA – Dançarina e coreógrafa de butoh japonesa, nascida em Tóquio e radicada na Alemanha, é ex-integrante da Ariadone, a primeira companhia de butoh feminina, fundada por Ko Murobushi e Carlotta Ikeda em 1974, e que, em 1978, fez a primeira apresentação de butoh em um teatro público fora do Japão. Em 1988, já em Berlim, fundou o tatoeba THÉÂTRE DANCE GROTESQUE, ao lado de Minako Seki e delta RA’i. Essa experiência, juntamente com o trabalho com a dançarina de butoh Kim-Itoh, encorajou Yumiko a criar seu próprio estilo pessoal de dança e coreografia. Em 1989, começou a desenvolver e ensinar sua forma de trabalho corporal. A abordagem se tornou um pilar de sua carreira como reflexo da profunda compreensão da importância de aprofundar a consciência do corpo, não apenas para dançar e se expressar, mas também para iluminar a vida cotidiana, abrindo-nos para as camadas mais profundas de nosso mundo interior e redescobrindo uma beleza sutil a cada momento. A força dessa percepção a levou a criar seu próprio método de trabalho corporal, chamado “Body Resonance”.
Além de turnês internacionais pela Ásia, Europa, Oceania e Américas do Norte e do Sul, Yumiko é diretora de arte do “eX…it! Dance and Butoh Exchange Festival”, desde 1995, do qual participam mais de 100 artistas e estudantes de dança de todo o mundo.
FICHA TÉCNICA:
Direção, coreografia e interpretação: Yumiko Yoshioka
Música: Zam Johnson, Kenichi Takemumra
Luz: delta RA’i, Joaxhim Manger
DURAÇÃO: 65 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos

27, 28 e 29 de outubro, às 19h, Galeria 3
2 = 2 + 5 – AGRUPAÇÃO TEATRAL AMACACA – ATA

Livre adaptação para o teatro da obra “1984”, do autor britânico George Orwell. Numa encenação híbrida, mesclando performance teatral e tecnológica, o trabalho leva para a cena o ambiente distópico criado em 1948 pelo escritor, para discutir o totalitarismo. Numa cidade fictícia, num tempo futuro, a sociedade vive sob severa vigilância de um sistema opressor, que utiliza a tecnologia para privar as pessoas da liberdade de agir e pensar. De maneira onipresente e personificada no “Grande Irmão”, o governo e suas elites controlam comportamentos, perseguem até mesmo a liberdade de pensamento e procuram reescrever a história, omitindo ideias e fatos do passado.
ATA – AGRUPAÇÃO TEATRAL AMACACA – Coletivo reunido em 2009, a partir de uma disciplina do curso de Artes Cênicas da Universidade de Brasília, que se tornou um grupo de pesquisa fechado sob a condução de Hugo Rodas. Apoiado pela UnB, após 3 anos de treinamento, o ATA estreou “Ensaio Geral”, espetáculo com o qual a companhia circulou por diversos festivais, sendo visto por milhares de pessoas. Seguiram-se “Punaré & Baraúna”, “Os Saltimbancos”, “O Rinoceronte” e “Poema confinado”, sempre sob a batuta de Rodas, e mais recentemente “Futuro do Passado”, dirigido pelo ator Abaetê Queiroz. Em “2 + 2 = 5”, o ATA terá a direção do carioca Felipe Vidal (premiado com o Shell em 2017 por “Cabeça, um documentário cênico”).
FICHA TÉCNICA:
Realização: ATA – Agrupação Teatral Amacaca
Direção: Felipe Vidal
Elenco: Abaetê Queiroz, Camila Guerra, Dani Neri, Flávio Café, Iano Fazio, Juliana Drummond, Mateus Ferrari, Márcia Duarte, Pedro Tupã e Rosanna Viegas
Produção Executiva: Guinada Produções
Coordenação Técnica: Rodrigo Lélis
Coordenação Audiovisual: Santiago Dellape
Coordenação Administrativa: Camila Guerra
Assistente de Produção: Dani Neri
Designer Gráfico: Patrícia Meschick
Patrocínio: FAC – Fundo de Apoio à Cultura do DF
DURAÇÃO: 100 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos

28 e 29 de outubro, às 18h
MACACOS – CIA DO SAL

Espetáculo sobre a estruturação do racismo e do apagamento das memórias e ancestralidades negras que estão enraizadas no Brasil. A montagem conta somente com um ator e um batom para tratar da urgência da vida negra no país. O preconceito contra os povos pretos é abordado em cena a partir do relato de um homem-preto que busca respostas para o racismo que rodeia seu cotidiano e a história de sua comunidade. A obra se desenrola num fluxo de pensamentos, desabafos e elucidações, que surgem em cenas pautadas em episódios da história brasileira até chegar aos relatos e estatísticas das mães e famílias dos jovens negros presos ou executados pela polícia militar no Brasil de 1500 até 2023. Também são abordadas situações vividas por grandes artistas negros como Elza Soares, Machado de Assis e Bessie Smith. Os questionamentos desse homem negro convidam o público a pensar e debater sobre os preconceitos mascarados, que existem na estruturação e no cotidiano brasileiro. Com a pandemia do COVID-19, esses números se agravam e aumentam, evidenciando o grande desequilíbrio social no qual o Brasil se estrutura. Macacos tem o cuidado de incorporar as histórias de situações de racismo ocorridas nos locais onde o espetáculo é encenado, renovando a narrativa a cada apresentação.
CIA DO SAL – Companhia criada em 2016, por ocasião da estreia da peça “Macacos”. O grupo hoje é formado por atores e atrizes pesquisadores da cena, vindos da Escola de Arte Dramática da USP – EAD, Escola Livre de Teatro de Santo André – ELT e Célia Helena. A Companhia é formada por negros, brancos, trans, gays, héteros, paulistanos, cariocas e nordestinos que pesquisam seus anseios dentro do coletivo.
O espetáculo conquistou mais de uma dezena de prêmios, como o Shell de Melhor Ator e o APCA de Melhor ator para Clayton Nacimento.
FICHA TÉCNICA:
Atuação, direção e dramaturgia: Clayton Nascimento
Direção técnica/iluminação: Danielle Meireles
Provocação cênica: Ailton Graça
Direção de movimento: Aninha Maria Miranda
Produção geral: Ulisses Dias – Bará Produções
Produção executiva: Corpo Rastreado
DURAÇÃO: 180 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos

ATIVIDADES FORMATIVAS

24 e 25 de outubro, das 9h30 às 13h, Galeria 3
OFICINA RESSONÂNCIA CORPORAL
Com Yumiko Yoshioka e Eduardo Okamoto

Desde 2004 – e mais intensamente a partir de 2018 – Eduardo Okamoto mantém intercâmbio com Yumiko Yoshioka, pertencente à terceira geração de artistas da dança butoh, a manifestação cênica japonesa criada no pós-guerra. A dançarina desenvolveu um estilo pessoal de trabalho corporal chamado “Ressonância Corporal”, que integra práticas do butoh com o Noguchi Taiso e vários outros métodos de treinamento asiáticos.

A “Ressonância Corporal” parte da ideia de que o mundo, incluindo nosso corpo, consiste em ondas vibracionais que criam ressonâncias constantes como ecos. Quando sintonizamos nosso corpo nessas frequências, recebemos imagens, sentimentos e sensações. Para que isso aconteça, precisamos, primeiro, nos livrar da tensão desnecessária, removendo a ferrugem e polindo a antena para captar ondas de camadas profundas do corpo. As transformações e concentrações da dança quebram a casca da forma. Elas derretem a armadura do nosso ego, permitindo que memórias ressonantes emerjam das nossas células que flutuam no líquido primordial do tempo.

Participantes: 16 pessoas
Público-alvo: profissionais e estudantes de artes cênicas (teatro, dança e circo)
Pré-requisito: apresentação de currículo comprovando experiência anterior
Inscrições: gratuitas, a partir de 09 de outubro, por meio de formulário online cujo link será oportunamente divulgado no site do CCBB e nas redes sociais do festival.
26 de outubro, 11h, Departamento de Artes Cênicas / UnB
APRESENTAÇÃO DO SELO SIM! EDIÇÕES

Com Daniele Sampaio
No ano em que completa 10 anos de trabalho e pesquisa continuados, a SIM! Cultura, produtora cultural coordenada por Daniele Sampaio, abre as celebrações com o lançamento do Selo SIM! Edições. O projeto editorial conta com a parceria da Editora Javali e possui os seguintes objetivos: contribuir de forma crítica com estudos sobre os modos de produção nas Artes da Cena no Brasil, fomentar reflexões sobre a interação entre modus pensandi e modus operandi no campo das artes e ampliar o debate em torno da função social da produção cultural.
Com Daniele Sampaio, produtora, pesquisadora, editora e curadora no Festival de Curitiba

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24ª CENA CONTEMPORÂNEA – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE BRASÍLIA
Direção geral e curadoria: Guilherme Reis
Coordenação administrativa-financeira: Michele Milani
Coordenação de logística: Clara Nugoli
Coordenação técnica: Rodrigo Lélis
Produção: Rose Nugoli, Nalva Sysnandes
Design gráfico: JJBZ
Assessoria de imprensa: Objeto Sim
Redes Sociais: Zabelê Comunicação
Registro fotográfico: Humberto Araújo
Registro videográfico: Vitor Magalhães Mesquita

Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Sobre o CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.
Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.
Além disso, oferece o Programa Educativo CCBB Brasília, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de arte e educação aos fins de semana.
Em 2022, o CCBB Brasília obteve a certificação ISO 14001, importante credencial de boas práticas ambientais, demonstrando o compromisso do Banco do Brasil com a ética e a sustentabilidade ambiental.

SERVIÇO
Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília
Data: 17 a 29 de outubro de 2023, de terça a domingo
Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro e Galeria 3
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul – Brasília – DF
Informações: (61) 3108 7600
Horários: ver programação
Ingresso: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia, válida para estudantes, professores, profissionais da saúde, PCDs, pessoas maiores de 60 anos e clientes BB), à venda em www.bb.com.br/cultura ou na bilheteria física do CCBB Brasília
Todos os ingressos da temporada serão liberados a partir das 9h, no dia 10/10.

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CCBB Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Espacial Sul – Brasília – DF – Tel.: (61) 3108 7600

Informações
E-mail: ccbbdf@bb.com.br
Site/ bb.com.br/cultura
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Instagram/ccbbbrasilia
Youtube/ Bancodobrasil

Assessoria de imprensa do CCBB Brasília:
Patrícia Gomes Serfaty – patriciaserfaty@bb.com.br
Tel: (61) 3108 7600 / (61) 995570703
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Assessoria de imprensa Cena Contemporânea: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112 – Carmem Moretzsohn: (61) 98142-0111
objetosim@gmail.com | objetosimprojetosculturais@gmail.com

DANÇA EM TRÂNSITO 2023

DANÇA EM TRÂNSITO 2023

Festival chega a 33 cidades, 13 estados e cinco regiões brasileiras

Em Brasília, atividades acontecem de 8 a 10 de agosto, no Museu da República e no SESC de Ceilândia

*Entrada franca

FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72177720309557026

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Um dos mais relevantes festivais para a dança contemporânea no Brasil, o DANÇA EM TRÂNSITO chega à 21ª edição ampliando sua atuação e chegando à Europa. Durante nove meses, companhias de vários estados brasileiros e de países como França, República Tcheca, Ucrânia, Bélgica e Itália, irão circular por um percurso que inclui 33 cidades do Brasil e da Europa, participar de oficinas, workshops e residências. O Festival DANÇA EM TRÂNSITO 2023 começou em 04 de fevereiro e segue até 14 de outubro. Em Brasília, acontece nos dias 08, 09 a 10 de agosto, de terça a quinta-feira, no SESC de Ceilândia e no Museu Nacional da República. A entrada é franca e a classificação indicativa dos espetáculos é Livre.

Os números do Festival DANÇA EM TRÂNSITO 2023 impressionam: são 33 cidades, 13 estados, cinco regiões do país, 5 cidades estrangeiras e 26 companhias nacionais e internacionais. Um evento que se expande a cada ano, ampliando também a preocupação com a formação: além das apresentações, o festival desenvolve um grande programa de residência de criação e intercâmbio, além de oficinas e workshops.

Para Brasília, o festival traz sete espetáculos, do Brasil e do exterior, todos com classificação indicativa livre, além da exibição do resultado do projeto ROTAS, desenvolvido no primeiro semestre do ano, com intérpretes brasileiros, artistas convidados da República Tcheca e refugiados da Ucrânia especialmente convidados. São trabalhos como “Café não é só uma xícara”, do Grupo Tápias, longeva companhia de dança franco-brasileira, sob a direção de Flávia Tápias. O espetáculo apresenta os movimentos da dança em diálogo com a obra do fotógrafo Sebastião Salgado. No palco estão movimentos que nasceram de sentimentos e sensações despertados pelo café, essa bebida tradicional do povo brasileiro, que evoca crenças, tradições e espiritualidade.

Também na programação, “Solo Goldberg Variations”, da Companhia de Dança Virgílio Sieni, da Itália, em sua primeira turnê pelo Brasil. Embalado pela música homônima de Johann Sebastian Bach, executada ao vivo no piano, o intérprete e coreógrafo Virgilio Sieni executa movimentos que contemplam a experimentação corporal e as múltiplas linguagens da dança.

Na área formativa, o FESTIVAL DANÇA EM TRÂNSITO promoverá, em Brasília, uma residência com o bailarino e coreógrafo francês Maxime Cozic, para bailarinos de todos os níveis a partir dos 10 anos de idade; e uma oficina com Clémentine Télesfort e Lisard Tranis, de Barcelona/Espanha, voltada para pessoas com disciplinas corporais avançadas.

DANÇA EM TRÂNSITO tem direção geral de Giselle Tápias. Direção artística e curadoria de Giselle Tápias e Flávia Tápias. O patrocínio é do Instituto Vale, Engie e Volkswagen Caminhões e Ônibus.

PROGRAMAÇÃO

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DIA 08/08 – TERÇA-FEIRA

15h às 16h30 – SESC Ceilândia
– Oficina “O Ato Atento” – Com: Clémentine Télesfort & Lisard Tranis (Barcelona/Espanha)
Inscrições abertas pelo site: https://www.dancaemtransito.com.br/oficinas-pontuais-2023

19h30 – SESC Ceilândia – Espaço exterior
Espetáculo THE LION´S DEN UNLIMITED (25 min) – Pocketart (Praga/Rep. Tcheca)
Classificação etária: livre

20h – SESC Ceilândia – Teatro
– Espetáculo CAFÉ NÃO É SÓ UMA XÍCARA (60 min) – Grupo Tápias (Rio de Janeiro e Paris/França)
Classificação etária: livre

DIA 09/08 – QUARTA-FEIRA

17h30 – Rampa do Museu da República
– ROTAS AFORA (20min)
Residência de Intercâmbio Internacional (Brasil, República Tcheca, Ucrânia, França)

18h – Museu da República
– Espetáculo LA MEDIDA QUE NOS HA DE DIVIDIR (17 min) – Qabalum Company (Pamplona/ Espanha)

– Espetáculo COREOGRAFIA – criada por profissionais de São Paulo (10min), Maxime Cozic (Toulon/França)

– Espetáculo ENTRE RIOS (13 min), Mavi (Curitiba/PR)

– Espetáculo OXYMORE (15 min), Cie Felinae, de Maxime Cozic (Toulon/França)

– Espetáculo SCOTOMA (23 min), Clémentine & Lisard (Barcelona/Espanha)

DIA 10/08 – QUINTA-FEIRA

19h30 – SESC Ceilândia
– Espetáculo COREOGRAFIA criada por profissionais do Rio de Janeiro (10min) – Márcia Milhazes (Rio de Janeiro/RJ)

20h – SESC Ceilândia
– Espetáculo SOLO GOLDBERG VARIATIONS (55 min) – Virgilio Sieni Dance Company (Firenze/Itália)
Classificação etária: livre

SINOPSES

RESIDÊNCIA DE CRIAÇÃO – ROTAS Residência de intercâmbio internacional
Idealizado e dirigido pela coreógrafa Flávia Tápias (Brasil), ROTAS foi desenvolvido numa residência em parceria criativa com intérpretes brasileiros, artistas convidados da República Tcheca e refugiados da Ucrânia convidados. A proposta foi o encontro, e também a vivência das histórias individuais que se entrelaçam. Os encontros foram programados para realização em duas partes – Brasil e República Tcheca, no primeiro semestre do ano. As apresentações do resultado dos encontros ROTAS também serão realizadas nos dois países em parceria com os festivais TANEC PRAGA e Dança em Trânsito.
Encontros ROTAS
O que descubro no corpo do outro?
Como enriquecer um espaço-tempo comum, que abrigue a diversidade e a beleza que podemos criar juntos?
09/08 – Brasília/DF – Museu da República

RESIDÊNCIA DE INTERCÂMBIO PROFISSIONAL COM CRIAÇÃO E CIRCULAÇÃO
Dança em Trânsito 2023 incentiva e viabiliza residências artísticas de criação sob orientação de artistas e coreógrafos convidados de diferentes regiões do Brasil e do exterior. Tais profissionais criarão coreografias para os artistas das cidades onde forem realizadas as oficinas de criação, e essas novas coreografias seguirão para outra(s) cidade(s) com o festival. A ideia é fortalecer as trocas de experiências, e ampliar o conhecimento de novas formas de criação utilizadas por outros coreógrafos, brasileiros e estrangeiros.
Com: Maxime Cozic (Toulon, França).
09/08 – Brasília /DF – Museu da República

Com: Ruan de Oliveira Trindade, Lucas Rodrigues Pardin, Emerson Silva Oliveira, Bruno de Almeida Gregorio
Nesta residência, cada dançarino usará sua própria formação para oferecer sua visão da loucura. A partir disso, vamos experimentar a criação de um personagem. O objetivo final é encontrar uma harmonia entre todos esses personagens e suas individualidades.

MAXIME COZIC: Começou a dançar hip-hop aos oito anos, antes de se abrir a outros estilos mais acadêmicos: modern-jazz, clássico e contemporâneo. Após um ano de estágio profissional em Bordeaux, no centro Revolution. dirigido por Antony Égéa, tornou-se intérprete de Laura Scozzi em Barbe-neige e em Os 7 porquinhos adormecidos. Estes trabalhos o levaram a colaborar com Mourad Merzouki (Yogeety), Fouad Boussouf (Transe, NASS), Mickaël Lemer (Crossover, Butterfly, Versus, Rouge, Traces) e Étienne Rochefort (Wormhole, Vestiges, Oikos Logos, Bugging ), e também com Dominique Rebaud (Des mondes et des anges) e Yann Lheureux (Gravity.0). Em 2019, criou sua empresa Felinae com seu primeiro solo Emprise.

Fotos de Maxime Cozic: https://we.tl/t-CKUDvMAVfS

OFICINAS

As oficinas são espaços de troca. Oferecem a possibilidade de reflexão sobre as próprias práticas, ao mesmo tempo em que promovem um intercâmbio de culturas e diversidades entre os artistas.
Os participantes são orientados por profissionais convidados, que propõem e conduzem as atividades de modo a desenvolver habilidades, exercitar a criatividade e aprimorar talentos.

No DANÇA EM TRÂNSITO 2023 serão realizadas oficinas em todos os estados selecionados para a edição, que receberão artistas nacionais e/ou estrangeiros para ministrar as oficinas, promovendo ampla discussão da dança contemporânea, com sua enorme gama de possibilidades, e propiciando a aquisição de novas aprendizagens de naturezas tanto conceitual como prática.

08/08, terça – Oficina “O Ato Atento”
Com: Clémentine Télesfort & Lisard Tranis (Barcelona, Espanha)
15h às 16h30 – SESC Ceilândia

Direcionada a pessoas de todas as disciplinas corporais com nível avançado e interessadas em expandir suas ferramentas criativas e refinar sua qualidade de movimento. Propomos aos participantes que se concentrem em quatro aspectos principais que nos comprometemos a desenvolver como artistas da dança: sensibilidade, controle, disponibilidade e adaptação criativa.

As aulas abordarão a eficiência do movimento, com ênfase na qualidade e fluidez. Buscaremos o controle do corpo para apoiar nossa tomada de decisão e trabalho em parceria. Essa estabilidade e precisão serão obtidas a partir do treinamento de um centro ativo e de uma pelve fluida, permitindo assim que um movimento articulado e expansivo se desenvolva no espaço. Vamos brincar com a plasticidade do nosso imaginário através de desafios físicos e mentais ou improvisações criativas, e usá-lo como fonte de composição instantânea.

Estaremos oferecendo ferramentas que permitam aos participantes investigarem seu movimento original e desafiarem sua prática como um motor além da restrição técnica. Interessa-nos a qualidade das relações que cultivamos conosco e com os outros, treinando um corpo sensível e adaptável, que possa libertar a nossa imaginação e apoiar o nosso estado de performance.

Inscrições pelo site: https://www.dancaemtransito.com.br/oficinas-pontuais-2023

COMPANHIAS CONVIDADAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Cie Felinae – Maxime Cozic (Toulon, França)
OXYMORE (15 min)
Classificação etária: livre

Oxymore é um duo cujo ponto de partida é abordar o estado de embriaguez. É uma obra que mostra diferentes modalidades de relações de poder que podem surgir em contextos de ebriedade, como, por exemplo, uma saída de boate, durante a qual dois amigos que se fazem companhia podem acabar entrando em conflito.
Direção artística: Maxime COZIC
Coreografia: Maxime COZIC, Sylvain LEPOIVRE
Criação de luz e iluminação: Lucas BACCINI
Composição e operação de som: Arsène MAGNARD
Produção: Elisa LE CORRE

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=8BZRgeJPOU8

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Clémentine & Lisard (Barcelona, Espanha)
SCOTOMA (23 min)
Classificação etária: livre

Scotoma é uma peça de dança que fala sobre atenção. Um convite para refletir sobre o que a capta e o que a direciona. Será que conseguimos perceber o que estamos considerando como óbvio ou notar o que está oculto, à primeira vista? Scotoma nos convida a observar o encontro de duas pessoas imersas em seu próprio mundo.
Direção e performance: Clémentine Télesfort e Lisard Tranis
Música original: Otis Jones
Olhar externo: Hansel Nezza
Cenografia: Diego Sinniger
Agradecimentos especiais a: Iris Borràs Anglada, Valentine Ezavin, Valentina Azzati

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9Vl-0FN_u_I

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Grupo Tápias (Rio de Janeiro/RJ e Paris, França)
CAFÉ NÃO É SÓ UMA XÍCARA (60 min)
Classificação etária: livre

Um espetáculo de dança contemporânea inspirado na obra fotográfica de Sebastião Salgado. Café não é só uma xícara. Café é plantio, colheita, moagem, cheiro bom pela casa quentinha da memória. Um exercício lírico perpassado pela fé profana ou religiosa, por crenças, tradições e espiritualidade – sem, no entanto, subtrair do ser humano o poder de transformar e recriar sua realidade.
Direção Artística: Flávia Tápias e Giselle Tápias
Coreografia: Flávia Tápias
Colaboração coreográfica: Giselle Tápias
Elenco: Flávia Tápias (Brasil), Jeremy Kouyoumdjian (França), Mathilde Lin (França), Dilo Paulo (Angola), Samuel Samways (Brasil), Letícia Xavier (Brasil), Marina Cervo (Brasil), Clara da Costa (Brasil), Hugo Lopes (Brasil)
Produção: CDPD-RJ
Ensaiadora: Luciana Ponso
Criação do Desenho de Luz: Paulo César Medeiros
Sonoplastia: Isidoro Kutno
Criação e Confecção do Figurino: Luiza Marcier
Criação e confecção de Cenário: Mina Quental
Operação de Luz: Louis Radavelli
Assessoria de Imprensa: Leila Grimming
Programação Visual: TRUQUE, Fernanda Valois
Registro Foto e Audiovisual: TRUQUE, Fernanda Valois
Realização: Espaço Tápias

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Mavi (Curitiba/PR)
ENTRE RIOS (13 min)
Classificação etária: livre

“Entre rios” se destaca pela cumplicidade experimental entres os artistas, que se misturam em um esquema de coreografia fantasma onde a gestão do movimento se apresenta de forma aberta, instaurando novas possibilidades de futuro a cada instante. O espaço entre os rios simboliza esse concreto de pele de asfalto que rasga o que pelo rio escorre e avança independente dos obstáculos encontrados no caminho.
Criação e interpretação: Marina Cervo Teixeira e Vitor Hamamoto.

Vídeo: https://photos.app.goo.gl/9vGPwb2FXpvXKPqSA

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Pocketart (Praga, República Tcheca)
THE LION´S DEN UNLIMITED (25 min)
Classificação etária: livre

Duas artistas estão caindo em um abismo simbólico de incerteza, onde se tornam a personificação de imagens físicas e visuais. Inspirado na mídia, no populismo e em seus poderes manipuladores, The Lion’s Den é um dueto de dança incessante na fronteira entre o entretenimento e a perversidade.
Conceito, coreografia, atuação: Johana Pockova, Sabina Bockova
Música: Lukas Palan
Dramaturgia: Viktor Cernicky
Desenho de luz: Eliska Kocianova
Produzido por: POCKetART z. s.
Co-produzido por: Tanec Praha z. ú., Ponec – teatro para dança contemporânea
Apoio financeiro de: Ministério da Cultura da República Tcheca, Fundo Estadual de Cultura da República Tcheca, Prefeitura de Praga
Apoiado por: Studio Alta, Cooltour Ostrava, Palac Akropolis, Tantehorse z. s.

Vídeos:
https://vimeo.com/716741151?share=copy – https://vimeo.com/687847841?share=copy

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Qabalum Company (Pamplona, Espanha)
LA MEDIDA QUE NOS HA DE DIVIDIR (17 min)
Classificação etária: livre

São necessários dois lugares para criar uma fronteira.
Este espaço está cheio de linhas paralelas ao tempo que nos atravessa e que não é verdadeiro, nem único, nem nosso.
Se assim não fosse, não seríamos mais o receptáculo de nada, nem a medida que nos dividiria.
E, no entanto, como poderíamos sequer intuir que esse era o futuro?
Coreografia e performance: Diego Pazó e Lucía Burguete
Música: Luisillo Kalandraka
Produção e distribuição: Patty Hinchado

Vídeo: https://drive.google.com/file/d/1ZiTLLcZ1i4tA0bsRkmawRPa5swgdJgod/view?usp=share_link

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Virgilio Sieni Dance Company (Firenze, Itália)
SOLO GOLDBERG VARIATIONS (55 min)
Classificação etária: livre

SOLO GOLDBERG VARIATIONS se tornou um manifesto da arte coreográfica de Virgilio Sieni, um emblema de sua experimentação com o corpo e as linguagens da dança, sempre com o objetivo de ir além dos refúgios e codificações formais. Nessa obra, a música de Bach, executada ao vivo, define uma arquitetura métrica e imaterial na qual Virgilio Sieni se insere, colocando em movimento um repensar contínuo do corpo dançante, desenvolvendo uma performance que incorpora toda uma experiência humana, figurativa e coreográfica.
Coreografia, espaço e iluminação: Virgilio Sieni
Interpretação: Virgilio Sieni (dança) e Andrea Rebaudengo (piano)
Música: As Variações Goldberg – J. S. BACH.

Vídeo: https://vimeo.com/779572660
PASSWORD: Satiri_cango

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FICHA TÉCNICA
Direção geral: Giselle Tápias
Direção artística e curadoria: Giselle Tápias e Flávia Tápias
Assistente de direção: Larissa Ramalho
Produção: Limento
Assessoria de imprensa Rio de Janeiro e Geral: Leila Grimming
Contatos artísticos: Clara Franciss e Larissa Ramalho
Produção em Brasília: Amanda Guedes e Juana Miranda – Roda Gigante Marketing Cultural
Assessoria em Brasília: Gioconda Caputo e Carmem Moretzsohn
Identidade visual, Web design: Fernanda Valois | TRUQUE
Design gráfico: Fernanda Valois | TRUQUE
Coordenação técnica e de palco: Louis Radavelli
Vídeos e streaming: Thales Ferreira e Luciana Ponso
Revisão de textos: Rosane Alves
Fotografia e vídeo: Fernanda Valois I TRUQUE
Redes Sociais: DIEGO GERMANO
Assessoria Contábil: Fóres Contábil
Equipe de apoio: Spectaculu Escola de Arte e Tecnologia

SERVIÇO

DATA: de 08 a 10 de agosto de 2023
Locais: Sesc Ceilândia (QNN 27 Área Especial S/N, Ceilândia Norte) e Museu da República
Horários: ver programação
ENTRADA FRANCA
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: LIVRE
https://www.dancaemtransito.com.br
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Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112 – Carmem Moretzsohn: (61) 98142-0111
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O LUTO DA BALEIA

O LUTO DA BALEIA

Livro da autora Solange Cianni inspira performance poética

*Três intérpretes de diferentes gerações e experiências se unem para vivenciar uma história que fala de perda e ressignificação

*Direção de Jonathan Andrade e mediação do arte-educador Wellington Oliveira

*Performance e ensaio fotográfico no Lago Paranoá, no dia 23 de maio

*Apresentações para estudantes do IFB de São Sebastião e do CEF 03 do Paranoá

Segundo a ciência, uma baleia orca costuma carregar o filhote morto durante vários dias e por milhares de quilômetros através do oceano até abandoná-lo, num processo de luto e despedida. O belo e doloroso costume das baleias inspirou a autora Solange Cianni a conceber “O luto da baleia”, livro lançado em 2022, pelo coletivo editorial Maria Cobogó, que agora chega à cena num trabalho híbrido, que mescla literatura, teatro, dança, performance. A obra será apresentada, nos próximos dias 30 e 31 de maio, para estudantes do IFB – Instituto Federal de Educação do campus de São Sebastião e, nos dias 5, 6 e 7 de junho, para alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) do CEF 03, do Paranoá. Antes disso, no próximo dia 23 de maio, haverá uma performance para ensaio fotográfico, aberta ao público, entre 14h e 18h, na Ermida Dom Bosco, às margens do Lago Paranoá. O patrocínio é do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Distrito Federal.

Sob a direção do encenador e dramaturgo Jonathan Andrade, as atrizes Micheli Santini, Márcia Duarte e Márcia Lusalva dão vida a diferentes tempos e jornadas de uma mulher cujo filho escolheu a morte. No livro – inspirado em fatos reais – ao perder o filho, uma mulher se espelha no processo de despedida das orcas e vivencia seu processo de adeus dentro das águas do Lago Paranoá, nadando amarrada ao filho morto para entregá-lo nos braços de Nanã Buruquê, senhora da criação e da passagem de luz dos mortos desta vida para outras.

A encenação oferece uma leitura que, mais do que palavras, apresenta a reverberação do corpo ao que está escrito. A literatura estará presente, com a incorporação de trechos do livro de Solange Cianni ditos pelas atrizes, mas nada será explícito. A história surgirá traduzida em palavra, movimento e imagem, com uma narrativa que incorpora afetos e experiências trazidas pelos próprios artistas, como explica o diretor Jonathan Andrade: “A via de expressão é o poético, o onírico, é a poesia a serviço de um sonho, de ecos de memória que cada uma busca dentro de si mesma”. Assim, aos poucos vai se desenhando a jornada de superação dessa mulher, sua experiência mística, o diálogo com as várias mulheres que coexistem dentro dela.

Até chegar ao formato atual, diretor e intérpretes mergulharam fundo no livro de Cianni. Foram várias semanas de leitura, estudo, diálogo, reflexão, para encontrar o que reverberava do livro nos artistas. Depois, partiu-se para um processo exploratório do corpo, de forma a traduzir, através da poesia do movimento, o que está impresso em palavras. O resultado é uma obra cênica performática focada nessa mulher e do que nasce e renasce dentro dela.

Na terça-feira, 23 de maio, será apresentada uma performance para ensaio fotográfico, entre as 14h e as 18h, na beira do Lago Paranoá, na altura da Ermida Dom Bosco. Este será o único momento em que a obra performática poderá ser vista pelo público em geral.

RODAS DE PARTILHAS

Por abordar um tema tão sensível quanto o suicídio, as apresentações serão mediadas pelo que a equipe chama de “rodas de partilhas de saber”, sob a coordenação do arte-educador Wellington Oliveira, mestre e doutor com especialização no diálogo entre o teatro e a comunidade. A ideia é inserir a obra dentro da escola, despertando a atenção não só para a temática, mas também para o contato dos estudantes com a própria expressão artística. “A minha abordagem é pensar em ações artísticas e pedagógicas de dilatação dos estudantes a partir da obra”, explica Wellington Oliveira.

Serão quatro momentos de provocação e reflexão com os estudantes, como uma porta de entrada ou um primeiro contato deles com a narrativa que será apresentada na obra cênica. A primeira Roda de Partilha de Saber, “A arte da escrita”, será focada nos aspectos técnicos da escrita literária propriamente dita, como por exemplo, transformar em literatura e poética uma trajetória biográfica.

Já “O corpo em cena” vai abordar a forma como os intérpretes atualizam o tema a partir das próprias vivências. Em “A construção do espetáculo”, os estudantes poderão conhecer elementos presentes na composição do trabalho e receberão algumas pistas da performance, sendo provocados, através de jogos, a buscar em si mesmos elementos de expressão cênica e artística.

E ao final, após a apresentação da performance, artistas e diretor participam de uma oficina-debate envolvendo os estudantes, para identificar os ecos do trabalho dentro de cada um.

INTÉRPRETES E CRIADORES

“O Luto da Baleia” chegará ao formado de obra cênica performática pela direção sensível de Jonathan Andrade, que em 13 anos de trajetória profissional acumula vários prêmios. Como dramaturgo recebeu o prêmio SESC do Teatro Candango de melhor dramaturgia, pelo texto “Entrepartidas” (2011), e dois prêmios FUNARTE pelos textos “Terra de Vento” (2009), contemplado pela Bolsa Funarte de Dramaturgia, e “GuardAChuva” (2004), publicado pela instituição. Também participou do projeto “Coleção Dramaturgia Holandesa”, criado em parceria entre a editora Cobogó e o Núcleo dos Festivais Internacionais de Teatro do Brasil, traduzindo e dirigindo uma leitura dramática do texto “Eu não vou fazer Medeia”, de Magne Van Den Berg, em Salvador.

O projeto conta com a potência de três atrizes de trajetória reconhecida. Micheli Santini é integrante do grupo Teatro do Concreto, premiada como Melhor atriz por sua atuação no espetáculo “Diário do Maldito”, em 2006, no Prêmio Sesc de Teatro Candango.

Márcia Duarte, professora doutora da UnB, além de atriz é intérprete, coreógrafa e diretora, fundadora e integrante do grupo EnDança e posteriormente da Cia Márcia Duarte (1995/2015). Recebeu prêmio de melhor coreografia na Mostra de Novos Coreógrafos do Rio de Janeiro (1986) e o Prêmio Villanueva de melhor espetáculo no Festival de Havana, Cuba (1996).

Marcia Lusalva é atriz, dançarina, criadora, vive atualmente em Berlim mergulhada em sua pesquisa artística e está em Brasília especialmente para participar de “O luto da Baleia”. Lusalva, que trabalhou na Companhia de Dança Márcia Duarte desde sua fundação (1994), atuou como membro do BasiRaH Grupo de Dança Contemporânea desde a criação do grupo, em 1997.

A AUTORA – Nascida no Rio de Janeiro, Solange Cianni é pedagoga, psicopedagoga, escritora e atriz, com especialização em Comunicação e Expressão na Universidade de Barcelona, Espanha, com cerca de 40 anos de experiência em Educação Infantil. Tem seis livros infantis editados e três para adultos. No teatro participou como atriz da montagem de “Gota D’Água”, com Bibi Ferreira, inaugurando o Teatro Dulcina/DF em 1980; trabalhou com diretores teatrais renomados em Brasília como Hugo Rodas, Guilherme Reis, Jonathan Andrade e Fernando Villar, dentre outros. É membro do Coletivo Literário Maria Cobogó, criado em 2018 em Brasília, onde mora desde seus 15 anos.

FICHA TÉCNICA
Autoria: Solange Cianni
Direção/Direção de arte e Dramaturgia: Jonathan Andrade
Idealização/Coordenação geral e codramaturgia: Solange Cianni
Elenco: Micheli Santini, Márcia Duarte e Márcia Lusalva
Produção executiva: Alana Ferrigno
Produção geral: Carol Franklin
Trilha sonora original: Fernanda Cabral
Preparação corporal: Márcia Duarte
Iluminação: Rodrigo Lélis
Figurino: Maria Carmen de Souza
Fotografia: Diego Bresani
Design gráfico: Gabriel Guirá
Mediação: Well Oliveira
Assessoria de mídias: Alana Ferrigno e Clara Camarano
Patrocínio: Fundo de Apoio à Cultura – FAC, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Distrito Federal

SERVIÇO

ENSAIO FOTOGRÁFICO ABERTO AO PÚBLICO
Data: 23 de maio de 2023
Local: Ermida Dom Bosco – margens do Lago Paranoá
Horário: 14h às 18h
ENTRADA FRANCA

PERFORMANCE E RODAS DE SABERES
Data: 30 e 31 de maio de 2023
Local: Campus do IFB de São Sebastião
Horários: 3 apresentações nos turnos matutino, vespertino e noturno
EXCLUSIVO PARA ESTUDANTES DO IFB

PERFORMANCE E RODAS DE SABERES
Data: 5, 6 e 7 de junho de 2023
Local: CEF 03 do Paranoá
Horário: turno noturno
EXCLUSIVO PARA ALUNOS DO EJA DO CEF 03

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Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112 – Carmem Moretzsohn: (61) 98142-0111
Amanda Guedes: (61) 98429-0007
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Mostra El Camino – Cinema de Viagem da América do Sul abre no CCBB

Mostra El Camino – Cinema de Viagem da América do Sul abre no CCBB

Centro Cultural Banco do Brasil Brasília recebe mostra inédita com 19 filmes, curso on-line, debate, apresentação da curadoria e acessibilidade

El Camino – Cinema de Viagem da América do Sul, de 18 de abril a 07 de maio, no Cine CCBB Brasília, reúne filmes de nove países sul-americanos que têm os deslocamentos geográficos no centro da narrativa

FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72177720306946589

EL CAMINO – CINEMA DE VIAGEM DA AMÉRICA DO SUL acontece de 18 de abril a 7 de maio, no Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. A mostra inédita oferece um apanhado histórico de filmes de viagem, realizados desde 1960, em nove países sul-americanos.

Os chamados road movies celebram jornadas geográficas e pessoais. Neles, há um convite para vivenciar percursos, encontrar-se com o outro e consigo mesmo, manter-se em movimento. Mas os “filmes de viagem” realizados na região sul do continente americano são bem mais do que os registros de percursos: refletem paisagens sociais, mostram semelhanças e diferenças, falam de identidades nacionais, territórios, (des)caminhos.

Com curadoria e coordenação de Carla Italiano e Leonardo Amaral, a mostra vai exibir 19 filmes, sendo 15 longas-metragens e quatro curtas, realizados no Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia, Chile, Colômbia e Venezuela. Ao todo, serão 18 dias de programação, com 24 sessões e 16 programas.

Além das exibições, a mostra inclui a participação da curadora Carla Italiano – discorrendo sobre o conceito da programação –, uma oficina presencial ministrada pelo pesquisador Ewerton Belico (com inscrições prévias) e um debate presencial com a professora Mariana Souto. Haverá ainda sessão com legendagem descritiva. O evento contará também com um catálogo contendo textos inéditos de autores/as nacionais, revelando a fortuna crítica original sobre o tema.

EL CAMINO – CINEMA DE VIAGEM DA AMÉRICA DO SUL é uma produção da Anacoluto Produções Miúdas e, de Brasília, segue para o CCBB Rio de Janeiro (31 de maio a 19 de junho) e para o CCBB São Paulo (12 de julho a 07 de agosto). Produção Executiva de Marisa Merlo.

A MOSTRA

“EL CAMINO – CINEMA DE VIAGEM DA AMÉRICA DO SUL” reúne filmes nos quais os deslocamentos geográficos estão no centro das histórias, em trajetórias que conectam as transformações das personagens às mudanças na paisagem social. A mostra se guia por um conjunto de questões: que países são esses que estão na tela? De que maneira esses filmes constroem imaginários que reafirmam, ou questionam, símbolos nacionais anteriores? E como apresentam novas formas de filiação entre indivíduos, coletivos e territórios? Cada obra responde a essas questões à sua maneira e o interesse desse conjunto de títulos está em captar tais ressonâncias.

A curadoria foi pensada a partir de cinco linhas que permitem criar agrupamentos de filmes. Ideias de povo e nação filmicamente reúne obras realizadas a partir da década de 1960 e que lidam com as contradições da ideia de nação: Vidas secas, Iracema – uma transa amazônica (Brasil), Los inundados (Argentina), Agarrando pueblo (Colômbia), A dupla Jornada (Brasil). O segundo inventário – Indivíduos em relação a representações de coletivo – traz o drama em suas diversas raízes étnicas e políticas, como em Noites paraguayas (Brasil/Paraguai), La nación clandestina (Bolívia), La tierra prometida (Chile) e Carlos: Cine-retrato de un caminante en Montevideo (Uruguai).

A terceira linha aposta no cinema fantástico para reconfigurar não só as cartografias de territórios como a própria noção de identidade. Em Fantástico e jornadas psicológicas estão agrupados filmes como Brasil Ano 2000, Sueños de hielo (Chile), El viaje (Argentina) e Hijas del fuego (Argentina). Um quarto grupo pensa trajetórias transnacionais de povos originários. Recriações de territórios indígenas perdidos reúne filmes como Serras da desordem, Tava (Brasil), Zama (Argentina). Por fim, o quinto grupo apresenta Processos coloniais da diáspora africana, agrupando curtas de teor auto-representativo que fazem viagens rumo ao continente africano: é o caso de Noirblue e (Outros) fundamentos (Brasil).

Segundo a curadoria, é importante entender o cinema de viagem como devedor da tradição da literatura de viagem, europeia de origem e bastante consolidada, compartilhando com ela uma narrativa sem final definitivo, de estrutura episódica e temporalidade variável, às vezes cronológica e às vezes suspendendo a própria noção de tempo. “Tanto na literatura quanto no cinema, essa narrativa tem o potencial de ser uma ferramenta potente de crítica social”, afirmam Carla Italiano e Leonardo Amaral. E acrescentam: “Da forma que se concretiza nos cinemas sul-americanos pós 1960, esse gênero também evidencia certa crise do que ali é próprio à era moderna e aos ideais específicos de progresso, seja pelos avanços desse modelo de desenvolvimento, seja pelos inúmeros problemas que desencadeia, da pobreza e dos esquecidos na contabilização do todo enquanto estado-nação unificado”.

PROGRAMAÇÃO

Terça 18/04
19h – [Abertura] Vidas Secas (115’, Nelson Pereira dos Santos, 1963, Brasil) | 10 anos
Com apresentação da curadoria por Carla Italiano

Quarta 19/04
19h30 – A dupla jornada (53’, Helena Solberg, 1975, Arg/Bol/Mex//Ven)
(Outros) Fundamentos (16’, Aline Motta, 2019, Brasil)
NoirBlue – Deslocamentos de uma dança (27’, Ana Pi, 2018, Brasil) | 12 anos

Quinta 20/04
19h30 – Noites Paraguayas (90′, Aloysio Raulino, 1982, Brasil/Paraguai) | 14 anos

Sexta 21/04
15h30 – Serras da Desordem (135’, Andrea Tonacci, 2006, Brasil) | 14 anos
projeção em 35 mm

19h – Iracema, uma Transa Amazônica (91’, Jorge Bodanzky, Orlando Senna, 1975, Brasil) | 16 anos. Seguido de debate com prof. Mariana Souto

Sábado 22/04
19h – A Viagem (130′, Fernando Solanas, 1992, Argentina) | 12 anos

Domingo 23/04
16h30 – A Nação Clandestina (128′, Jorge Sanjinés, 1989, Bolívia) | 12 anos

19h30 – Zama (115′, Lucrecia Martel, 2017, Argentina) | 14 anos

Segunda 24/04 – Não há sessão

Terça 25/04
19h30 Carlos: cine-retrato de um andarilho em Montevidéu (31′, Mario Handler, 1967, Uruguai) Os vampiros da miséria (29′, Luis Ospina, Carlos Mayolo, 1978, Colômbia)
| 14 anos

Quarta 26/04
19h – Brasil Ano 2000 (115′, Walter Lima Jr., 1969, Brasil) | 14 anos

Quinta 27/04
19h30 – Tava, a casa de pedra (78’, Ariel Duarte Ortega, Patrícia Ferreira, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, 2012, Brasil) | 10 anos

Sexta 28/04
19h30 – Pachamama (94′, Erik Rocha, 2008, Brasil/Bolívia/Peru) | 10 anos

Sábado 29/04
10h – Oficina com Ewerton Belico – Cinema e viagem na América do Sul (inscrições prévias, com projeção de filmes) | Livre

17h – A Terra Prometida (120′, Miguel Littin, 1973, Chile) | 12 anos

Domingo 30/04
17h30 – Os Inundados (87′, Fernando Birri, 1961, Argentina) | 10 anos

20h – Noites Paraguayas (90′, Aloysio Raulino, 1982, Brasil/Paraguai) | 14 anos

Segunda 1/05 – Não há sessão

Terça 2/05
19h30 – Tava, a casa de pedra (78’, Ariel Duarte Ortega, Patrícia Ferreira, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, 2012, Brasil) | 10 anos

Quarta 3/05
19h30 Iracema, uma Transa Amazônica (91’, Jorge Bodanzky, Orlando Senna, 1975, Brasil) | 16 anos

Quinta 4/05
19h00 – A Viagem (130’, Fernando Solanas, 1992, Argentina) |12anos

Sexta 5/05
16h30 – A Nação Clandestina (128’, Jorge Sanjinés, 1989, Bolívia) | 12 anos

19h30 – As Filhas do Fogo (115’, Albertina Carri, 2019, Argentina) |18 anos

Sábado 6/05
17h – Brasil Ano 2000 (115′, Walter Lima Jr., 1969, Brasil) | 14 anos

20h Os vampiros da miséria (29′, Luis Ospina, Carlos Mayolo, 1978, Colômbia)Sonhos de gelo (58′, Ignacio Agüero, 1993, Chile) | 14 anos

Domingo 7/05
16h30 – Vidas Secas (115’, Nelson Pereira dos Santos, 1963, Brasil) | 10 anos

19h30 – A Dupla Jornada (53’, Helena Solberg, 1975, Arg/Bol/Mex/Vem) (Outros) Fundamentos (16’, Aline Motta, 2019, Brasil) NoirBlue – Deslocamentos de uma dança (27’, Ana Pi, 2018, Brasil) | 12 anos

ATIVIDADES FORMATIVAS

Sexta, 21 de abril
19h00 – EXIBIÇÃO DE Iracema seguida de debate com a professoraMariana Souto (UnB). Livre ( tradução em LIBRAS)
Gratuita. Acessibilidade – LIBRAS

Sábado, 29 de abril
Oficina – Território, caminhada e fronteira: migrações e memória no cinema sul-americano contemporâneo
Horários: 10h-12h; 13h – 15h
Livre
Ministrante: Ewerton Belico – Pesquisador e curador
Com projeção de trechos de filmes. Entrada gratuita, mediante inscrição
Inscrições gratuitas até 21 de abril em https://forms.gle/VGiD7qMPr4yfk6VJ7

CONVIDADOS

EWERTON BELICO
Ewerton Belico é diretor, roteirista, professor e curador. Um dos programadores do forumdoc.bh – festival do filme documentário e etnográfico de Belo Horizonte -, foi programador do FestCurtas BH – Festival Internacional de Curtas-Metragem de Belo Horizonte – e do Fronteira – Festival Internacional de cinema documentário e experimental. Atuou como co-diretor e co-roteirista do longa-metragem Baixo Centro, e dos curtas-metragem Vira a Volta que faz o nó e Memória Sitiada da Noite. É responsável pelo desenvolvimento dos roteiros de obras seriadas A luta que não pode parar e Hip-hop, velho amigo na estrada. Seus filmes foram exibidos em mostras e festivais como Hamburgo, Neighboring Scenes, Filmadrid, Mostra de Tiradentes, Ecrã, dentre outros.

MARIANA SOUTO
Professora da UnB, realizou dois pós-doutorados (bolsas FAPESP e Capes) na ECA-USP, sob supervisão de Ismail Xavier. Doutora em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais, com prêmio de Melhor Tese na área de Comunicação e informação (2017), é Mestre pela UFMG, onde atuou como professora substituta. Também lecionou na PUC-MG e da UNA. Foi curadora do Janela Internacional de cinema de Recife, do Festival Internacional de curtas de BH, da mostra Corpo e cinema (Caixa cultural) e do Cineclube Comum. Diretora de arte de Quintal (André Novais, exibido em Cannes e premiado em diversos festivais) entre vários outros filmes. Integrou os grupos de pesquisa História e Audiovisual (coordenado por Eduardo Morettin) e Poéticas da Experiência (coordenado por César Guimarães e André Brasil). Autora do livro “Infiltrados e invasores – uma perspectiva comparada sobre relações de classe no cinema brasileiro” (2019).

FICHA TÉCNICA

Curadoria e coordenação: Carla Italiano e Leonardo Amaral
Produção Executiva: Marisa Merlo
Empresa produtora: Anacoluto Produções Miúdas

SOBRE O CCBB BRASÍLIA

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da capital.

O edifício Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances.

SERVIÇO

Local: Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Espacial Sul – Brasília – DF
Data: 18 de abril a 7 de maio de 2023
Cinema (70 lugares)
Entrada gratuita
Ingressos: Disponíveis na bilheteria física ou em bb.com.br/cultura
Horários: ver programação
Email: mostraelcamino@gmail.com
Site: www.anacoluto.art
Informações: 613108 7600

Acessibilidade
Sessão com medidas de acessibilidade [legendagem descritiva]
Classificação indicativa: de livre a 18 anos. Consultar programação.
Ingressos gratuitos, disponíveis na bilheteria física ou em bb.com.br/cultura

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CCBB Brasília
Aberto de terça a domingo, das 9h às 21h
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Espacial Sul – Brasília – DF
Tel.: (61) 3108-7600
E-mail: ccbbdf@bb.com.br

Informações
bb.com.br/cultura
Facebook/ccbb.brasilia
Twitter/ @ccbb_df
Instagram/ccbbbrasilia
Youtube/Bancodobrasil

Assessoria de imprensa do CCBB Brasília
Patrícia Gomes Serfaty – patriciaserfaty@bb.com.br
Tel: (61) 3108 7600

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Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112 – Carmem Moretzsohn: (61) 98142-0111
Amanda Guedes: (61) 98429-0007
objetosim@gmail.com | objetosimprojetosculturais@gmail.com

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL BRASÍLIA recebe exposição de WALTER FIRMO: “NO VERBO DO SILÊNCIO

CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL BRASÍLIA recebe exposição de WALTER FIRMO: “NO VERBO DO SILÊNCIO

A SÍNTESE DO GRITO”, com mais de 260 fotografias que retratam e exaltam a população e a cultura negras de diversas regiões do país

*Coleção reúne 266 imagens, várias delas emblemáticas, como a do maestro Pixinguinha na cadeira de balanço e a série com o artista Arthur Bispo do Rosário

*Fotografias com as cores vibrantes e tropicais do “mestre da cor” e um recorte
de sua obra em preto e branco

*Palestra de Walter Firmo no dia 21 de abril, com participação da curadora Janaína Damaceno, sobre a trajetória do fotógrafo e a importância de sua obra

FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72177720306758547

“O verbo do silêncio é a própria fotografia. Que você se encanta e quer traduzir através do seu sentimento e inteligência. A síntese do grito é o registro”, escreveu o fotógrafo Walter Firmo em 1988. Sua reflexão sobre a arte que o consagrou inspira o título de uma grande retrospectiva de seu trabalho, que o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília apresenta de 18 de abril a 25 de junho. “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito” reúne um panorama dos mais de 70 anos de trajetória do consagrado fotógrafo carioca, um nome fundamental da fotografia brasileira.

A exposição apresenta 266 fotografias, produzidas desde o início da carreira de Firmo, em 1950, e até 2021. São imagens que retratam e exaltam a população e a cultura negras de diversas regiões do país, em ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas. O conjunto destaca a poética do artista,

associada à experimentação e à criação de imagens muitas vezes encenadas e dirigidas.

Grande parte das obras exibidas na exposição provém do acervo de aproximadamente 145 mil fotos do fotógrafo, que, desde 2018, se encontra sob a guarda do Instituto Moreira Salles em regime de comodato. São imagens que comprovam a opção do fotógrafo pela figura humana, especialmente, pela pele negra, que aparece em todos os matizes, tanto nas fotos coloridas quanto nas imagens em preto e branco.

Walter Firmo faz do Brasil o seu estúdio – parafraseando o pesquisador José Afonso Jr. As imagens do fotógrafo que é conhecido como “o mestre da cor” antecipam em mais meio século a representação do negro na sociedade brasileira e não necessariamente dentro de uma estética documental. “Acabei colocando os negros numa atitude de referência no meu trabalho, fotografando os músicos, os operários, as festas folclóricas, enfim, toda a gente. A vertigem é em cima deles. De colocá-los como honrados, totens, como homens que trabalham, que existem. Eles ajudaram a construir esse país para chegar aonde ele chegou”, afirma Walter Firmo, que vai conversar com o público sobre sua trajetória no dia 21 de abril, com participação da curadora Janaína Damaceno.

Dividida em núcleos temáticos, a mostra traz retratos memoráveis de grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Clementina de Jesus, Dona Yvone Lara e a icônica fotografia de Pixinguinha na cadeira de balanço, além de imagens de brasileiros e brasileiras anônimos(as), pescadores, vendedores ambulantes, mães de santo, brincantes, casais, noivas, crianças e até a própria família do artista. A exposição ressalta ainda a importante trajetória de Firmo como fotojornalista. Um dos destaques é a seção dedicada à fotografia em preto e branco do artista, pouco conhecida e, em grande parte, inédita.

“Walter Firmo incorporou desde cedo em sua prática fotográfica a noção da síntese narrativa de imagem única, elaborada através de imagens construídas,

dirigidas e, muitas vezes, até encenadas. Linguagem própria que, tendo como substrato sua consciência de origem – social, cultural e racial –, desenvolve-se amalgamada à percepção da necessidade de se confrontar e se questionar os cânones e limites da fotografia documental e do fotojornalismo. Num sentido mais amplo, questionar a própria fotografia como verossimilhança ou mera mimese do real”, afirma o curador Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS, que assina a curadoria ao lado de Janaina Damaceno Gomes, professora da UERJ e coordenadora do grupo de pesquisa Afrovisualidades: Estéticas e Políticas da Imagem Negra.

A exposição é uma oportunidade para o público conhecer em profundidade a obra de um dos maiores fotógrafos brasileiros, que mantém até hoje seu compromisso com o fazer artístico: “Aí está o meu relato, a história de uma vida dedicada ao fazer fotográfico, dias encantados, anos dourados. Qual a minha melhor imagem? Certamente aquela que em vida ainda poderei fazer. Emoções, demais”, afirma Walter Firmo.

Com patrocínio do Banco do Brasil, depois de Brasília a exposição segue para o Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte.

A EXPOSIÇÃO

“Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito” está dividida em sete núcleos temáticos. No primeiro, o público encontra cerca de 20 imagens em cores, de grande formato, produzidas ao longo de toda a sua carreira. Há fotos feitas em Salvador (BA), como o registro de uma jovem noiva na favela de Alagados (2002); em Cachoeira (BA), como o retrato da Mãe Filhinha (1904-2014), que fez parte da Irmandade da Boa Morte durante 70 anos; e em Conceição da Barra (ES), onde o fotógrafo retratou o quilombola Gaudêncio da Conceição (1928-2020), integrante da Comunidade do Angelim e do grupo Ticumbi, dança de raízes africanas; entre outras.

O segundo núcleo apresenta a biografia do artista, abordando os seus primeiros anos de atuação na imprensa, quando registrou temas do noticiário, em imagens em preto e branco. O conjunto inclui uma fotografia do jogador Garrincha, feita em 1957; imagens de figuras proeminentes da política nacional, como Jânio Quadros e Juscelino Kubitschek; além de registros de ensaios de escolas de samba do Rio de Janeiro. Também há fotografias feitas para a reportagem “100 dias na Amazônia de ninguém”, publicada em 1964 no Jornal do Brasil, pela qual Firmo recebeu o Prêmio Esso de Reportagem.

Nas seções seguintes, a retrospectiva evidencia como, no decorrer de sua carreira, Firmo passou a se distanciar do fotojornalismo documental e direto, tendo como base a ideia da fotografia como encantamento, encenação e teatralidade, em diálogo com a pintura e o cinema. Isso fica evidente no ensaio realizado em 1985 com seus pais (José Baptista e Maria de Lourdes) e seus filhos (Eduardo e Aloísio Firmo), no qual José aparece vestindo seu traje de fuzileiro naval, função que desempenhou ao longo da vida, ao lado de Maria de Lourdes, que usa um vestido longo, florido e elegante. O ensaio faz alusão às pinturas Os noivos (1937) e Família do fuzileiro naval (1935), do artista Alberto da Veiga Guignard (1896-1962).

Como destaque, a exposição apresenta, ainda, retratos de músicos produzidos por Firmo, principalmente a partir da década de 1970. Nas imagens, que ilustram inúmeras capas de discos, estão nomes como Dona Ivone Lara, Cartola, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Martinho da Vila, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Djavan e Chico Buarque. Nesse conjunto, está, ainda, a famosa série de fotografias de Pixinguinha feita em 1967, quando Firmo acompanhou o jornalista Muniz Sodré em uma pauta na casa do compositor. Após o término da conversa, o fotógrafo pegou uma cadeira de balanço que ficava na sala da residência, colocou no quintal, ao lado de uma mangueira, e propôs que Pixinguinha se sentasse nela com o saxofone no colo. Assim registrou o músico, em uma série de imagens que se tornaram icônicas.

A exposição traz também um ensaio com fotografias do artista Arthur Bispo do Rosário para a revista IstoÉ, em 1985, feitas na antiga Colônia Juliano Moreira, onde Bispo ficou confinado e criou seu acervo ao longo de cerca de 25 anos.

A retrospectiva apresenta diversos registros produzidos durante celebrações tradicionais brasileiras, como a Festa de Bom Jesus da Lapa, a Festa de Iemanjá e o próprio Carnaval do Rio de Janeiro. Há também um núcleo com fotos de personagens da diáspora feitas em outros países, como Cuba, Jamaica e Cabo Verde.

Na mostra, o público poderá assistir, ainda, ao curta-metragem Pequena África (2002), do cineasta Zózimo Bulbul, no qual Firmo trabalhou como diretor de fotografia e que trata da história da região que recebeu milhões de africanos escravizados. Também há um núcleo dedicado à fotografia em preto e branco, ainda pouco conhecida e em grande parte inédita, cujo destaque é a série de imagens feitas na praia de Piatã, em Salvador, entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000.

PALESTRA – Como parte das comemorações pelo aniversário de Brasília, no CCBB Brasília, Walter Firmo receberá o público para uma palestra, com entrada gratuita, às 16h do dia 21 de abril. A conversa irá destacar a trajetória do fotógrafo, a importância para a fotografia brasileira e ainda contará com a participação da curadora Janaina Damaceno.

Janaína Damaceno é professora da área de Cultura e História da Arte da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (Febf/ UERJ) é só Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades (PPCult/UFF). Coordena o Grupo de Pesquisas Afrovisualidades: estéticas e políticas da imagem negra. É uma das fundadoras do FICINE (Fórum Itinerante de Cinema Negro).

CATÁLOGO – A mostra é acompanhada de um catálogo, com imagens das obras da exposição, além de textos de autoria do próprio Firmo, de João Fernandes,

diretor artístico do IMS, e dos curadores Sergio Burgi e Janaina Damaceno. Há também uma entrevista do fotógrafo com os curadores e o jornalista Nabor Jr., editor da revista O Melenick. Segundo Ato, além de uma cronologia do fotógrafo assinada por Andrea Wanderley.

SOBRE O ARTISTA

Nascido em 1937 no bairro do Irajá, no Rio de Janeiro, e criado no subúrbio carioca, filho único de paraenses – seu pai, de família negra e ribeirinha do baixo Amazonas; sua mãe, de família branca portuguesa, nascida em Belém –, Firmo começou a fotografar cedo, após ganhar uma câmera de seu pai. Em 1955, então com 18 anos, passou a integrar a equipe do jornal Última Hora, após estudar na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (Abaf), no Rio. Mais tarde, trabalharia no Jornal do Brasil e, em seguida, na revista Realidade, como um dos primeiros fotógrafos da revista. Em 1967, já pela revista Manchete, foi correspondente, durante cerca de seis meses, da Editora Bloch em Nova York.

Neste período no exterior, o artista teve contato com o movimento Black is Beautiful e as discussões em torno dos direitos civis, que marcariam todo seu trabalho posterior. De volta ao Brasil, trabalhou em outros veículos da imprensa e começou a fotografar para a indústria fonográfica. Iniciou ainda sua pesquisa sobre as festas populares, sagradas e profanas, em todo o território brasileiro, em direção a uma produção cada vez mais autoral.

SOBRE O CCBB BRASÍLIA

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da capital.

O edifício Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances.

FICHA TÉCNICA
Curadoria: Sergio Burgi e Janaina Damaceno Gomes
Assistência de curadoria: Alessandra Coutinho Campos
Pesquisa biográfica e documental: Andrea Wanderley
Produção: Tisara Arte Produções Ltda.

SERVIÇO
Exposição de WALTER FIRMO: “NO VERBO DO SILÊNCIO A SÍNTESE DO GRITO”
Local: Galerias 1 e 2 do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Espacial Sul – Brasília – DF
Informações: (61) 3108 7600
Visitação: de 18 de abril a 25 de junho de 2023 Horário: de terça a domingo, das 9h às 21h
Acesso: Gratuito, mediante retirada de ingresso no site bb.com.br/cultura Classificação Indicativa: Livre (com espaço +14anos)

SERVIÇO
Palestra com Walter Firmo com a participação da curadora Janaina Damaceno
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Espacial Sul – Brasília – DF
Informações: (61) 3108 7600 Data: 21 de abril
Horário: 16h
Acesso: Gratuito, mediante retirada de ingresso no site bb.com.br/cultura Classificação Indicativa: Livre
CCBB Brasília
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Espacial Sul – Brasília – DF – Tel: (61) 3108 7600

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TEXTOS E OBRAS DE ARTE REVISITAM O FEMININO EM JOSÉ SARAMAGO

TEXTOS E OBRAS DE ARTE REVISITAM O FEMININO EM JOSÉ SARAMAGO

Exposição inédita no Brasil: “Mulheres Saramaguianas” inaugura na Embaixada de Portugal em Brasília no dia 27 de março

Conversa com Carlos Reis e Socorro Acioli, com moderação de Luciana Barreto, assinala a abertura da exposição, no dia 27 de março, às 18h30, em celebração do Dia Mundial do Teatro

«… nos meus romances aparecem personagens, sobretudo mulheres, dotadas de um heroísmo discreto, natural, como uma emanação da sua personalidade.
São mulheres, inclusivamente, dispostas ao sacrifício por compaixão,
de compadecer o outro, um sentimento que tem a ver com a piedade,
não com a grandiloquência. Neste modelo de mulher, que se repete de livro para livro,
com diferentes nomes e em diferentes épocas, está em estado larvar
uma nova forma de humanidade, uma forma diferente de “ser humano”.»
— José Saramago

A Embaixada de Portugal no Brasil e o Camões – CCP Brasília celebram o Dia Mundial do Teatro com a abertura da exposição MULHERES SARAMAGUIANAS, na Galeria Camões da Embaixada de Portugal, no dia 27 de março.

Nessa ocasião, a escritora Socorro Acioli e o acadêmico e comissário-geral para as comemorações do centenário de José Saramago, Carlos Reis conversam sobre o universo de personagens femininas na obra de José Saramago, numa sessão moderada pela professora da Universidade de Brasília Luciana Barreto.

Inédita no Brasil, a exposição foi criada a partir do álbum homônimo MULHERES SARAMAGUIANAS, concebido no âmbito do centenário do prêmio Nobel da Literatura, numa parceria entre a Fundação José Saramago e o Centro Português de Serigrafia.

Inspirando-se em personagens femininas de Saramago, seis prestigiados artistas – José de Guimarães, Graça Morais, Manuel João Vieira, Joana Villaverde, Miguel Januário e Ana Romãozinho – criaram serigrafias e gravuras inéditas que, por sua vez, serviram também de mote aos textos de notáveis escritoras portuguesas – Lídia Jorge, Ana Luísa Amaral, Djamila Pereira de Andrade, Ana Margarida Carvalho, Dulce Maria Cardoso e Adriana Lisboa.

O resultado é um singular conjunto de seis obras de arte e seis textos, todos assinados pelos autores numa tiragem centenária. Cruza distintas gerações e sensibilidades artísticas, propiciando um novo olhar sobre o universo ficcional de Saramago.

A exposição ficará montada na Galeria Camões, na Embaixada de Portugal em Brasília, entre 27 de março e 20 de maio de 2023.

CONVIDADOS

SOBRE SOCORRO ACIOLI
Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1975. É jornalista, formada pela Universidade Federal do Ceará e PhD em estudos de Literatura pela Universifafe Federal Fluminense. Vencedora do Prêmio Jabuti com o livro infantojuvenil “Ela tem olhos de céu” (Ed. Gaivota, 2013). Foi selecionada por Gabriel Garcá Márquez para ser aluna do curso “Como contar um conto”, na escola de Cinema de San Antonio de los Baños, em Cuba, a partir da sinopse do romance “A cabeça do Santo”, publicado no Brasil pela Companhia das Letras. Coordena a especialização em Escrita e Criação da Universidade de Fortaleza, onde ministra aulas de literatura. Colunista do jornal “Diário do Nordeste”.

SOBRE CARLOS REIS
Professor catedrático aposentado da Universidade de Coimbra, especialista em Estudos Narrativos e em Literatura Portuguesa dos séculos XIX e XX, sobretudo no domínio dos estudos queirosianos. Autor de mais de 30 livros, ensinou em universidades da Europa, dos Estados Unidos e do Brasil. Dirige a Edição Crítica das Obras de Eça de Queirós (20 vols. publicados) e coordenou a História Crítica da Literatura Portuguesa (nove vols.). Foi diretor da Biblioteca Nacional, reitor da Universidade Aberta e presidente da Associação Internacional de Lusitanistas e da European Association of Distance Teaching Universities. É doutor honoris causa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e membro da Academia das Ciência de Lisboa e da Real Academia Española, tendo sido distinguido também com os prêmios Jacinto do Prado Coelho (1996), Eduardo Lourenço (2019) e Vergílio Ferreira (2020). Presentemente é comissário para o Centenário de José Saramago.

SOBRE LUCIANA BARRETO
Poeta, ensaísta e professora de Teoria Literária e Literatura na Universidade de Brasília, com doutorado pela mesma instituição. Tem experiência ainda na mesma universidade na docência de Literaturas Portuguesa e Brasileira e vem participando de congressos diversos e publicando ensaios e artigos em periódicos e livros acadêmicos. Tem poemas publicados em revistas e blogs literários, como Mallarmagens, Gueto, Germina, Ruído Manifesto, Traços e Escrita Droid, além de integrar diversas antologias, a exemplo de “As mulheres poetas na literatura brasileira” (Ed. Arribaçã). Organizou a coletânea “No meio do fim do mundo – 89 poetas hoje” (Ed. Elã).

SERVIÇO
Mulheres Saramaguianas
Galeria Camões – Embaixada de Portugal
De 27 de março a 20 de maio
Visitação de segunda a sexta, das 13h às 17h, mediante agendamento pelo e-mail: ccp-brasilia@camoes.mne.pt
Endereço: Embaixada de Portugal em Brasília, Avenida das Nações, SES, lote 2.
ENTRADA FRANCA
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IX FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA

IX FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA

Programação com filmes brasileiros e portugueses homenageia o Bicentenário da Independência

*Festival exibe 20 títulos que estabelecem uma ponte subterrânea entre Brasil e Portugal

*Ciclo de palestras investiga raízes lusitanas em manifestações artísticas brasileiras

*Homenagens a Geraldo Sarno e Darcy Ribeiro

*Show de Roberto Corrêa e suas violas brasileiras

*Participação especial do Bumba-meu-boi de Seu Teodoro

FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72177720303967021

O sertão mitológico, místico, poético, indígena, africano, mouro, ibérico, encoberto por lendas, festejos e cordéis, causos, coronéis, jagunços e cangaceiros é o foco do FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA, que faz uma edição especial em 2022. Este ano, o festival quer apresentar o Brasil profundo, desconhecido de muitos brasileiros, em diálogo com Portugal, fazendo uma homenagem ao bicentenário da independência do Brasil. Realizado pelo Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, o 9º FESTIVAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA acontece de 7 a 18 de dezembro, trazendo filmes, palestras, shows, oficinas, cortejos e muito mais.

Esse esforço por compreender a “alma brasileira” começa logo na abertura, com a exibição de “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”, obra-prima de Glauber Rocha. O filme será exibido no Teatro do CCBB, logo após a apresentação do show Duo Outros Sertões, com Maísa Arantes e Marcelo Nader, às 19h. A entrada é franca (mediante retirada de ingressos na bilheteria e no site bb.com.br/cultura).

O Festival acontece de quarta a domingo, de 7 a 18 de dezembro, com uma programação que inclui 31 atividades. Doze delas foram criadas para o público infanto-juvenil, em local especialmente criado para receber os mais jovens: o Espaço Luar do Sertão, espaço cenográfico imersivo onde o público poderá vivenciar a atmosfera do sertão brasileiro. Dentre as atrações artísticas, destaque para o show de Roberto Corrêa, um dos maiores nomes da viola no Brasil, e a participação do Bumba-meu-boi de Seu Teodoro, um tesouro cultural do DF. A programação é gratuita, com exceção do show de Roberto Corrêa e das apresentações do espetáculo de teatro de sombras “Iara, o encanto das águas”, da Cia Lumiato.

Único no Brasil a investigar a subjetividade dos caminhos da consciência e do autodesenvolvimento através da arte cinematográfica, o FESTIVAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA apresenta, pela primeira vez, uma programação composta integralmente de filmes brasileiros e portugueses. Estão na mostra títulos assinados por nomes como Manuel de Oliveira, conhecido como o “Mestre” do cinema de Portugal, e brasileiros como Hermano Penna, Edgar Navarro, Iza Grispum e André Luiz Oliveira.

O festival faz ainda uma homenagem ao grande Geraldo Sarno, diretor e roteirista baiano, falecido em fevereiro desse ano, que ficou conhecido por abordar temas como o movimento migratório brasileiro, as religiões e cultura populares. Outro homenageado é o antropólogo, sociólogo, escritor Darcy Ribeiro, que iluminou o pensamento sobre identidade cultural no Brasil contemporâneo, no ano de seu centenário de nascimento.

“Estimular o autoconhecimento através da manifestação artística em todas as dimensões sempre foi uma característica do FESTIVAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA. E desta vez a diferença é que o Brasil está em perspectiva pela conjunção de fatores históricos convergentes e é também pela necessidade de – a partir de uma imersão nas fontes da cultura artística popular brasileira ou inspirada nela com seus temas míticos/sociais -, vislumbrarmos a possibilidade da criação de um novo Brasil, um Brasil transcendente”, explica o cineasta e músico André Luiz Oliveira, um dos curadores do festival, ao lado da diretora e produtora Carina Bini.

O FESTIVAL

A programação apresenta obras que refletem sobre os imaginários populares e míticos do Brasil e de Portugal. O Festival abre com “O Dragão da maldade contra o Santo guerreiro“, obra gigante de Glauber Rocha. Primeiro filme colorido de Glauber, apontado por críticos como uma continuação de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e premiado com melhor direção no Festival de Cannes em 1969, o filme oferece múltiplas camadas de leitura e apresenta com maestria um estrato da sociedade brasileira injusta e violenta e, ao mesmo tempo, rica e poderosa na sua essência cultural.

O cangaço e a “arte cabocla” são tema de dois filmes do cineasta cearense/baiano/candango Hermano Penna que estão na programação. De um lado o média-metragem “Nhô Caboclo e o elo perdido”, que apresenta a obra de Manuel Fontoura, o Nhô Caboclo, baseada nas manifestações culturais surgidas exclusivamente do encontro entre negros e índios e ainda desconhecidas por grande parte da população. De outro, o longa “José de Julião – Muito além do Cangaço”, documentário que recupera a figura complexa de um homem que foi de cangaceiro a político no sertão de Sergipe.

Tomando como referência o sertão e o cangaço no imaginário poético dos artistas brasileiros, o festival traz o curta-metragem de ficção “Porta de Fogo“, do cineasta baiano Edgard Navarro, que liga a rebeldia cangaceira à perseguição e morte do capitão Lamarca. E um documentário apresenta a história de um artista que é sinônimo do nordeste brasileiro: “Dominguinhos”, dirigido por Mariana Aydar e Eduardo Nazarian, sobre o extraordinário sanfoneiro, cantor e compositor.

A programação ainda reserva o média-metragem “Cavalgada à pedra do Reino: missão e festa de Ariano Suassuna”, de Inez Viana, que faz um recorte inédito desta festa popular e conta com depoimentos raros do escritor, explicando como a história de seu livro estimulou a existência desta festa popular

Estabelecendo uma ponte entre Brasil e Portugal, o festival exibe os filmes “O Quinto Império” e “Non, a vã glória de mandar”, do grande cineasta português Manoel de Oliveira. Os dois filmes mostram o panorama político/religioso onde estava inserido o Rei D. Sebastião de Portugal (1554/1578), as causas e consequências do seu desaparecimento no norte da África na batalha de Alcácer-Quibir.

Compondo a “linha do tempo” entre o messianismo ibérico português e as sensibilidades místicas, sincréticas e artísticas brasileiras, o festival apresenta o documentário “Mito e Música – A Mensagem de Fernando Pessoa”, da cineasta luso-brasileira Rama de Oliveira em parceria com o cineasta/músico André Luiz Oliveira. Do diretor baiano também será exibido o curta de documentário “É Dois de Julho“, filmado em 1979 e cuja cópia foi resgatada recentemente e terá exibição inédita no Festival. O filme trata da grande festa cívica baiana do “Caboclo e da Cabocla”, que comemora a guerra de independência do Brasil na Bahia com a expulsão definitiva dos portugueses.

E, para fechar o ciclo de filmes temáticos focados no imaginário profético português e seus desdobramentos no Brasil, o festival exibe o filme “Agostinho da Silva – Um pensamento vivo”, de João Rodrigo Mattos, que traz um retrato do filósofo, poeta, professor que modernizou o sebastianismo, adaptando-o ao mundo pós-colonial.

A programação ainda proporciona o encontro do cinema com a TV, apresentando quatro capítulos inéditos da série “O País da poesia popular”, escrita por Bráulio Tavares e dirigida pelo cineasta José Araripe Jr.

HOMENAGENS – O 9º FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA homenageia o veterano cineasta Geraldo Sarno, falecido em fevereiro deste ano 2022, e o grande antropólogo e escritor Darcy Ribeiro, no ano do centenário de seu nascimento.

Pela enorme relevância para o cinema brasileiro e por sua extensa filmografia ao abordar o sertão, Geraldo Sarno será relembrado em três curtas clássicos, filmados na década de 1970 – “Jornal do Sertão”, “Padre Cícero” e “Vitalino Lampião” – e em seu último longa-metragem “Sertânia”.

A homenagem aos 100 anos de Darcy Ribeiro contará com a exibição de “Mistura e Invenção”, longa-metragem de Isa Grinspum Ferraz, compilação da série “O Povo brasileiro”, baseada no livro do próprio Darcy. O filme resume a formação do Brasil a partir das três raças matrizes: a indígena, a lusa e a africana. O documentário se insere na proposta do Festival de abrir um diálogo sobre a necessidade de o audiovisual brasileiro abolir definitivamente as fronteiras entre o cinema e a TV.

CICLO DE PALESTRAS – Na segunda semana, CINEMA E TRANSCENDÊNCIA encaminha o espectador às palestras que abordarão temas essenciais para o conhecimento de quem somos como brasileiros, de onde viemos e para onde poderemos ir.

As palestras vão construir condições para uma melhor compreensão dos filmes exibidos; da origem do mito sebastianista português que, ao ser assimilado pelo inconsciente coletivo brasileiro, permanece vivo ainda hoje e se manifesta direta ou indiretamente em quase todos os movimentos culturais populares nordestinos, sejam eles políticos, festivos mas sobretudo artísticos, em várias áreas. São exemplos desse diálogo o romance épico de Ariano Suassuna “A Pedra do Reino“, o filme “Deus e o Diabo na terra do Sol”, a obra musical “Mensagem“, do cineasta e músico André Luiz Oliveira, o teatro de Antônio Nóbrega, dentre outras obras de muitos artistas brasileiros.

Sob o título “Recordar o passado, imaginar o futuro: Sonhos, esperanças e ideias de Brasil“, as palestras têm curadoria e coordenação do professor Amon Pinho, doutor em História, com pós-doutorado em Filosofia, pelas Universidade de São Paulo e Lisboa. Caberá à professora Jacqueline Hermann (UFRJ) discorrer sobre “Dom Sebastião no Brasil: aspectos dos sebastianismos brasileiros” e ao mestre em filosofia Noeli Dutra Rossatto (UFSM) tratar do tema “Utopia, profecia e heresia: Joaquim de Fiore na cultura luso-brasileira”. Amon Pinho falará sobre “A cultura brasileira: não-europeísmos, universalismo”.

ATIVIDADES CULTURAIS – Ao longo das duas semanas, o festival oferece uma extensa programação cultural, com apresentações musicais, espetáculos teatrais, oficinas, atividades interativas e muito mais, com destaque para o show do grande músico Roberto Corrêa, batizado pelo crítico Tárik de Souza de “o Guimarães Rosa encordoado”, para o espetáculo de teatro de sombras contemporâneo “Iara, o encanto das águas”, da Cia Lumiato Teatro de Formas Inanimadas, e para o Bumba-meu-boi de Seu Teodoro, Patrimônio Cultural do DF.

PROGRAMAÇÃO DIÁRIA

QUARTA, 07/12
14h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Projeto Cordelzinho (Brincadeira Poética)

19h – ABERTURA OFICIAL – Teatro do CCBB
Show de Maísa Arantes – Duo Outros Sertões
Duração: 40 min
Exibição de O Dragão Da Maldade Contra O Santo Guerreiro, de Glauber Rocha
QUINTA, 08/12
14h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Apresentação ‘’Rimado e Encantado, cordel pra todo lado’’

19h – Sertânia, de Geraldo Sarno
SEXTA, 09/12
15h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Roda de Brincar (Espetáculo interativo)

17h – Dominguinhos, de Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro

19h – Teatro CCBB Brasília
Show Roberto Corrêa e as violas brasileiras
Ingressos: R$ 30,00, a inteira, e R$ 15,00, a meia
SÁBADO, 10/12
14h30 – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Apresentação ‘’Rimado e Encantado, cordel pra todo lado’’’’

15h30 – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Encontro de Cordel

17h – Teatro CCBB Brasília
Espetáculo teatral: Iara, O Encanto das Águas, da Cia Lumiato
Duração: 60 min
Classificação indicativa: LIVRE
Ingressos: R$ 30,00, a inteira, e R$ 15,00, a meia

18h30 – Dois episódios da série “NO PAÍS DA POESIA POPULAR”: Incrível, Fantástico, Extraordinário e História do Romanceiro Nordestino, de José Araripe

20h – Jornal do Sertão, de Geraldo Sarno
Dois episódios da série “NO PAÍS DA POESIA POPULAR”: O Folheto e o Repente e Jornal do Sertão, de José Araripe
DOMINGO, 11/12
14h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Apresentação ‘’Rimado e Encantado, cordel pra todo lado’’

15h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Bumba-meu-boi de seu Teodoro (Espetáculo Interativo)

16h – Teatro CCBB Brasília
Espetáculo teatral: Iara, o Encanto das Águas, da Cia Lumiato
Duração: 60 min
Classificação indicativa: LIVRE
Ingressos: R$ 30,00, a inteira, e R$ 15,00, a meia

17h30 – Sessão O CABOCLO E O BRASIL PROFUNDO: Cavalgada à Pedra do Reino – Missão e Festa de Ariano Suassuna, de Inez Viana + É Dois de Julho, de André Luiz Oliveira + Nhô Caboclo e o Elo Perdido, de Hermano Penna

19h30 – Sessão O CANGACEIRO, FICÇÃO E REALIDADE: Porta de Fogo e José de Julião – Muito Além do Cangaço, ambos de Edgard Navarro,
QUARTA, 14/12
14h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Apresentação ‘’Rimado e Encantado, cordel pra todo lado’’

16h30 – O Quinto Império, de Manoel de Oliveira

19h – PALESTRA: “Dom Sebastião no Brasil: aspectos dos sebastianismos brasileiros”
QUINTA, 15/12
14h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Projeto Cordelzinho (Brincadeira Poética)

17h – Non – Ou a vã glória de mandar, de Manoel de Oliveira

19h – PALESTRA: “Utopia, profecia e heresia: Joaquim de Fiore na cultura luso-brasileira”
SEXTA, 16/12
14h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Projeto Cordelzinho (Brincadeira Poética)

17h – Agostinho da Silva, um pensamento vivo, de João Rodrigo Mattos

19h – PALESTRA: “A cultura brasileira: não-europeísta e universalismo”
SÁBADO, 17/12
15h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
CORTEJO DE RABECAS (Espetáculo Interativo)

19h – Mito e Música, a mensagem de Fernando Pessoa, de Rama de Oliveira e André Luiz Oliveira + Vitalino Lampião, de Geraldo Sarno
DOMINGO, 18/12
16h – Área Externa “Espaço Luar do Sertão”
Projeto Cordelzinho (Brincadeira poética)

18h – Mistura e Invenção, de Iza Grispum + Padre Cícero, de Geraldo Sarno

SINOPSES DOS FILMES

O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA O SANTO GUERREIRO
Direção Glauber Rocha / 1969 / 95 min / Ficção/14 anos
SINOPSE: Antônio das Mortes é um antigo matador de cangaceiros que é contratado por um coronel para matar um beato agitador. Ele confronta sua vítima, mas decide poupar sua vida. Mais tarde, ele resolve apoiar a causa do povo contra os desmandos do coronel.

SERTÂNIA
Direção Geraldo Sarno / 2020/ 97 min / Ficção/12 anos
SINOPSE: Obra prima e último filme de Geraldo Sarno, narra os instantes finais do vaqueiro Antão, ferido de morte, lembrando momentos de toda a sua vida. Com uma narrativa agonizante, uma estética ousada, num ambiente que domina, Geraldo Sarno mostra com toda maestria a sua paixão pelo sertão brasileiro e seus habitantes.

JORNAL DO SERTÃO
Direção Geraldo Sarno / (1967/ 196/1970) / 13 min / Doc / Livre
SINOPSE: Criada nos improvisos dos cantadores ou escrita para ser cantada nas feiras e fazendas, a literatura popular em versos é o jornal mais lido do sertão. Este curta-metragem documenta essa literatura cantada nas feiras de Caruaru, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Crato. Desse modo, o filme revela a força cultural da literatura popular em versos como expressão do pensamento e da cultura do sertão.

PADRE CÍCERO
Direção Geraldo Sarno / 1972/ 10 min / Doc / Livre
SINOPSE: Este curta-metragem sobre padre Cícero Romão Baptista (1844-1934), histórico líder religioso e político do Vale do Cariri, Ceará, contrapõe imagens da região no final da década de 1960 com imagens filmadas por Alexandre Wulfes em 1925, que mostram padre Cícero sendo aclamado em Juazeiro do Norte.

VITALINO LAMPIÃO
Direção Geraldo Sarno / 1967- 1969/ 9 min / Doc /12 anos
SINOPSE: Este curta-metragem documenta o trabalho de criação manual de uma estatueta em barro do cangaceiro Lampião, feita em Caruaru, Pernambuco, pelo artesão Manuel Vitalino dos Santos, filho de Mestre Vitalino, célebre artesão do Nordeste brasileiro. Em contraste com a crise das formas tradicionais de produção do artesanato popular, o mito de Lampião sobrevive no trabalho criativo e artesanal de Vitalino, assim como nos versos improvisados do cantador Severino Pinto.

DOMINGUINHOS
Direção Mariana Aydar, Eduardo Nazarian, Joaquim Castro / 2014 / 84 min / Doc / Livre
SINOPSE: Documentário sobre a vida e a obra de Dominguinhos (1941-2013), um dos maiores mestres da música brasileira, intercalando imagens de arquivo e passagens de shows, com encontros musicais exclusivos. O filme tem a participação de artistas renomados, parceiros da vida de Dominguinhos, como Gilberto Gil, Gal Costa, Hermeto Pascoal, Nara Leão, Djavan, Luiz Gonzaga, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda, entre outros. Um retrato do sanfoneiro, cantor e compositor e uma homenagem definitiva a um dos maiores artistas da música brasileira, autor de sucessos como “Eu Só Quero um Xodó”, “Gostoso Demais”, “De Volta Pro Aconchego” e “Lamento Sertanejo”.

NHÔ CABOCLO E O ELO PERDIDO
Direção Hermano Penna / 2002 / 55 min / Doc /Livre
SINOPSE: Por meio da obra do artista plástico Nhô Caboclo, o documentário investiga o encontro entre negros e índios. Para isso ele embarca em uma viagem pelas diferentes manifestações culturais nascidas nas matas, nos bairros das aldeias e quilombos, longe dos olhos dos brancos, intercalando os depoimentos de historiadores, pajés, pais de santo, pessoas que conviveram com o artista Manuel Fontoura, antropólogos como Joel Rufino dos Santos, Lélia Coelho Frota, Olympio Serra, Renato Athias, Ordep Serra e Muniz Sodré.

JOSÉ DE JULIÃO – MUITO ALÉM DO CANGAÇO
Direção Hermano Penna / 2016 / 72 min / Doc/12 anos
SINOPSE: Zé de Julião era um homem complexo. Sendo um jovem muito rico, ele decidiu se tornar cangaceiro aos 30 anos, e logo após se tornou um grande empreiteiro e líder político respeitado em Sergipe. Por conta de suas posições e opiniões incisivas, entrou em confronto com diversos coronéis da região, o que colocou um ponto final em sua trajetória

PORTA DE FOGO
Direção Edgard Navarro / 1982 / 21 min / Ficção/ 12 anos
SINOPSE: À luz da literatura de cordel, o filme inventa o encontro poético entre Lamarca e Lampião numa celebração entre dois homens em delírio no transe final das suas vidas. O sol se põe e a terra treme, o visível se confunde com o imaginário. A última batalha não se trava e a metáfora de transcendência se confirma numa fenda que se abre no céu entre dois mundos.

O QUINTO IMPÉRIO
Direção Manoel de Oliveira / 2004 / Portugal / 127 min / Ficção/12 anos
SINOPSE: Recebeu o Leão de Ouro no Festival de Veneza, foca num momento decisivo da História de Portugal. O rei, o Desejado, o Encoberto, acreditava ter uma missão divina a cumprir e desejava honrar os seus antepassados. Com a batalha de Alcácer Quibir (1578), D. Sebastião ambicionava a conquista de um mundo novo, a formação de um Quinto Império, um reino em que todos os povos estariam convertidos ao Cristianismo. No entanto, na batalha, D. Sebastião desaparece, nunca sendo o seu corpo identificado. A partir daí, o mito, a esperança do dia em que o rei voltará num cavalo branco, numa manhã de nevoeiro, para derrubar o mal. mal.

NON – OU A VÃ GLÓRIA DE MANDAR
Direção Manoel de Oliveira / 1990/ Portugal 110 min / Ficção/12 anos
SINOPSE: Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes, o pano de fundo deste filme é a guerra colonial portuguesa, durante a qual um oficial relata aos seus companheiros de armas, enquanto fazem a patrulha pela savana africana, a epopeia de Portugal, uma epopeia construída em torno de grandes derrotas.

MISTURA E INVENÇÃO
Direção Iza Grispum / 2002 / 74 min / Doc / Livre
SINOPSE: Mistura e Invenção propõe uma imersão na caleidoscópica cultura brasileira, ao mesmo tempo una e diversa; exuberante e sofrida; uma experiência singular no panorama mundial. Com imagens captadas pelo Brasil, rico material de arquivo e depoimentos de intérpretes privilegiados da literatura e da música do país, Mistura e Invenção tece a trama de uma mensagem brasileira para o futuro.

MITO E MÚSICA – A MENSAGEM DE FERNANDO PESSOA
Direção: Rama de Oliveira e André Luiz Oliveira / 2018/ 92 min / Doc / Livre
SINOPSE: O grande poeta português Fernando Pessoa passou 22 anos da sua vida (de 1912 a 1934) escrevendo, entre outros textos, os 44 poemas da Mensagem, único livro concluído que publicou em vida. André Luiz Oliveira levou 30 anos (de 1985 a 2015) para concluir a gravação das 44 músicas de cada poema do livro. O documentário aborda aspectos polêmicos do mito que envolve o livro Mensagem e narra o histórico de realização musical desse imenso projeto.

AGOSTINHO DA SILVA – UM PENSAMENTO VIVO
Direção: João Rodrigo Mattos / 2006 / 95 min / Doc / Livre
SINOPSE: Marcado pelo gosto do paradoxo, pela independência e inconformismo das ideias e por invulgares dons de comunicação oral e escrita, a figura ímpar de Agostinho da Silva desenha-se num singular misto de sábio, visionário e homem comum, no qual o pensamento e a vida se confundem. Este filme, percorre o trajeto biográfico, a vida e a obra deste grande pensador e humanista luso-brasileiro.

CAVALGADA À PEDRA DO REINO: MISSÃO E FESTA DE ARIANO SUASSUNA
Direção: Inez Viana / 2022 / 23 min / Doc / Livre
SINOPSE: o curta que faz um recorte inédito da festa popular “Cavalgada à Pedra do Reino”, e conta com depoimentos raros de Ariano Suassuna que explica como a história de seu livro estimulou a existência desta festa popular.

É 2 DE JULHO
Direção: André Luiz Oliveira / 1979 / 12 min / Doc / Livre
SINOPSE: “É Dois de Julho”, filmado em 1979, cuja cópia “perdida” foi resgatada recentemente e terá exibição inédita nesta edição do Festival. O filme documenta poeticamente a grande festa cívica baiana do “Caboclo e da Cabocla”, e um pouco da história que comemora a expulsão dos portugueses na guerra de independência do Brasil na Bahia.

SÉRIE NO PAÍS DA POESIA POPULAR
Direção: José Araripe / 2022 / 30 min cada EP / Doc / Livre
Nesta série documental, o escritor Bráulio Tavares apresenta o universo da xilogravura, cantoria e do cordel, fazendo uma jornada inédita pelo País da Poesia Popular.

EP: FOLHETO E O REPENTE
Sinopse: A cantoria dos violeiros repentistas é “o lado b” da Literatura de Cordel, à qual forneceu os modelos de versos e de estrofes. Os cantadores são celebrados nos folhetos através das famosas ‘Pelejas” reais ou imaginárias. A musicalidade dos violeiros se reflete na riqueza de formas das cantigas. Cordel e Cantoria nasceram juntos, crescerem lado a lado, com seus desafios heroicos e seus embates memoráveis.

EP: INCRÍVEL, FANTÁSTICO, EXTRAORDINÁRIO
Sinopse: Histórias de terror e assombração fazem parte de nossa memória cultural, desde os contos ao redor da fogueira até os programas radiofônicos de Almirante, no Rio de Janeiro. O Cordel também tem um imenso repertório de fantasmas, aparições, monstros, seres bizarros. Histórias de pactos com entes sobrenaturais, tesouros enterrados e todo universo sombrio da luta contra a superstição e o terror.

EP: HISTÓRIA DO ROMANCEIRO NORDESTINO
Sinopse: Traça a História do Romanceiro Popular Nordestino desde meados do Sec. 19, com o surgimento dos poetas da “Escola de Teixeira”, os primeiros folhetos impressos por Leandro Gomes de Barroso nos anos 1890, e a explosão comercial do Cordel a partir dos anos de 1930. O surgimento da Xilogravura como ilustração típica. O cordel nordestino feito no computador, espalhados pela WEB, com pelejas via Internet.

EP: JORNAL DO SERTÃO
Sinopse: Noticiar os fatos marcantes foi, sempre, uma das principais utilidades do Cordel. Ele herdou um certo sensacionalismo e tom melodramático da imprensa popularesca da Europa dos séculos 18 e 19, com os registros de crimes bárbaros, catástrofes naturais, acontecimentos bizarros e espantosos. Além, é claro, dos principais eventos sociais e políticos do país, que os poetas explicam e interpretam para a sua plateia.

PALESTRAS

Recordar o passado, imaginar o futuro: Sonhos, esperanças e ideias de Brasil

Jacqueline Hermann – DOM SEBASTIÃO NO BRASIL: ASPECTOS DOS SEBASTIANISMOS BRASILEIROS
Jacqueline Hermann é Professora Titular de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisadora dos messianismos luso-brasileiros oriundos do sebastianismo português. Fenômeno surgido no século XVI, caracterizou-se pela crença na volta do rei D. Sebastião desaparecido em batalha contra os muçulmanos no Norte da África. Disseminado pelos quatro cantos do império português, temos registro do sebastianismo no Brasil desde o século XVI. A professora é autora de livros e artigos sobre o tema. A construção do sebastianismo em Portugal, séculos XVI-XVII (de 1998); 1580-1600. O sonho da salvação (de 2000); Poderes do sagrado, organizado com William de Souza Martins (de 2016); Sebastianism: A Portuguese Prophecy in Early Modern Prophecies in Transnational, Nationaland Regional Contexts, editado por Lionel Laborie Ariel Hessayon, em 2021.

Noeli Dutra Rossatto – UTOPIA, PROFECIA E HERESIA: JOAQUIM DE FIORE NA CULTURA LUSO-BRASILEIRA
Noeli Dutra Rossatto é Mestre em Filosofia, pela Universidade Federal de Santa Maria, e Doutor em História da Filosofia Medieval pela Universidade de Barcelona. É professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria, onde igualmente atua na Linha de Pesquisa “Fenomenologia e Hermenêutica” do Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Membro de associações nacionais e internacionais de Filosofia medieval, publicou em 2004 Joaquim de Fiore: Trindade e Nova Era e. em 2011, La hermenéutica medieval. Além de obras organizadas – tais como Mística e milenarismo na Idade Média, de 2013, e O simbolismo das Festas do Divino, de 2003, é autor de numerosos artigos em periódicos nacionais e internacionais, capítulos de livros e traduções do latim e do francês para o português.

Amon Pinho – A CULTURA BRASILEIRA: NÃO-EUROPEÍSMOS, UNIVERSALISMO
Amon Pinho realizou estudos pós-doutorais em Filosofia pela Universidade de Lisboa e doutorou-se em História pela Universidade de São Paulo. É Professor Associado nos Institutos de Filosofia (pós-graduação) e de História (graduação e pós-graduação) da Universidade Federal de Uberlândia, Pesquisador Associado no Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e diretor da Cátedra Agostinho da Silva UFU de Estudos Humanísticos, elemento da rede internacional de docência e pesquisa do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, de Portugal. Atuando nas áreas de História e Filosofia, tem publicado livros e artigos no Brasil e no exterior e é o responsável pela coordenação científica e editorial da Biblioteca Agostinho da Silva, na editora É Realizações, e da Coleção Walter Benjamin, na editora Hedra.

ATIVIDADES ARTÍSTICAS

Por ordem cronológica de apresentação

PROJETO CORDELZINHO
Oficina de cordel para crianças e suas famílias. Sob influência portuguesa, o cordel tornou-se a expressão poética popular do nordeste brasileiro. Nestas oficinas pais e filhos têm a oportunidade de tornarem-se cordelistas e criarem suas próprias poesias.

SHOW DUO OUTROS SERTÕES
Rabequeira e forrozeira de Brasília, Maísa Arantes é cantora, instrumentista, compositora, professora e arranjadora e uma das finalistas do Prêmio Brasília Independente 2022. Atua fortemente pela preservação e manutenção da rabeca sertaneja no Distrito Federal. Para o show, ela convida o parceiro musical e violonista Marcelo Nader.

RIMADO E ENCANTADO, CORDEL PRA TODO LADO
Espetáculo Teatral com contação de histórias musicalizadas em forma de poesia. Por meio da literatura de cordel o espetáculo narra duas histórias: Os dois Cabritos e A sina da Sapa Cristina. As histórias são narradas e interpretadas pela Letícia Mourão, acompanhadas das melodias tocadas pelo músico Kleyton Santos. São 50 minutos de festa da literatura, fantasia e diversão.

RODAS DE BRINCAR
Espetáculo interativo que busca promover momentos entre famílias e crianças para vivenciarem experiências estéticas com o brincar junto, ampliando o repertório de brincadeiras cantadas, num diálogo intergeracional. Portfólio anexo.

SHOW ROBERTO CORRÊA E AS VIOLAS BRASILEIRAS
Concerto de câmara em que o violeiro Roberto Corrêa apresenta o encontro das Violas Brasileiras, instrumentos regionais brasileiros, como a Viola da Gamba, que teve seu apogeu na Renascença e no Barroco. Vindas de tempos antigos, duas culturas musicais distintas dialogam em um trabalho autoral e contemporâneo. Roberto Corrêa utiliza a bagagem de seus 45 anos de carreira para conduzir as violas populares do Brasil para a música de concerto, em um repertório autoral, lançado em seu mais recente disco, Concerto para Vaca e Boi. O novo trabalho traz 12 composições do instrumentista, feitas especialmente para cada uma das seis violas brasileiras – Viola Caipira, Viola Machete Baiana, Viola Repentista, Viola de Buriti, Viola de Cocho e Viola Caiçara – em duo com a Viola da Gamba. Ele se apresenta junto ao gambista Gustavo Freccia. Ao longo da apresentação os músicos falam sobre seus instrumentos, contextualizando-os.
Com venda de ingressos na bilheteria.

ESPETÁCULO IARA, O ENCANTO DAS ÁGUAS – CIA LUMIATO
Um Índio da aldeia sonha com uma mulher sobrenatural. Ao acordar, procura o sábio Pajé para tentar entender quais são os mistérios dessa mulher, descobrindo assim a história da Iara. No encantamento da sereia brasileira, o protagonista mergulha com ela nas profundezas do seu próprio destino. Espetáculo de teatro de sombras inspirado na lenda e no mito da sereia brasileira. A peça busca sensibilizar o público infanto-juvenil para os saberes da tradição oral dos povos originários do Brasil.
A companhia de teatro Lumiato foi criada no ano de 2008, em Buenos Aires, Argentina, por Thiago Bresani e Soledad Garcia, durante sua formação como bonequeiros na Universidade de San Martin, onde estudaram várias linguagens do teatro de formas animadas, produzindo espetáculos, oficinas e apresentando-se em festivais da América Latina. É a primeira companhia a pesquisar, produzir e difundir o teatro de sombras na região centro-oeste do Brasil.
Direção, Dramaturgia e Cenografia: Alexandre Fávero
Atores/Sombristas: Thiago Bresani e Soledad Garcia
Trilha Sonora Original: Mateus Ferrari
Com venda de ingressos na bilheteria.

BUMBA-MEU-BOI DE SEU TEODORO
Criado em 1963, por Teodoro Freire e sua trupe, que vieram ajudar a construir a nova capital brasileira, é um movimento de referência cultural do Distrito Federal e foi tomado como Patrimônio Artístico Imaterial em 2004. Suas raízes remetem a uma das maiores festas do folclore brasileiro. O Boi de Seu Teodoro tem sede no Centro de Tradições Populares de Sobradinho. O grupo apresenta e celebra a magnitude histórica e artística do Bumba Meu Boi, com o objetivo de sistematizar o conhecimento e promover a mobilização dos detentores desse patrimônio, por meio de festejos, apresentações e oficinas na própria sede, nas escolas e em eventos culturais e sociais.

CORTEJO DE RABECAS
Com a bandeira da tradição e da modernidade, numa confluência sonora rica e autêntica, a Orquestra de Rabecas do Cerrado promoverá uma roda de conversas, seguida de um cortejo pelos jardins do CCBB. A ideia é criar um espaço de encontros entre a herança de mestres e mestras da cultura popular e o olhar das novas gerações.
A Orquestra é composta pelos músicos André Luiz, Daniel Carvalho, Gilson Alencar e Jéssica Carvalho (todos na rabeca), Maísa Arantes (na rabeca e na direção), Marcelo Neder (violão e mediação da roda) e Nathália Marques (percussão).

FESTIVAL INTERNACIONAL CINEMA E TRANSCENDÊNCIA

FICHA TÉCNICA
Idealização: André Luiz Oliveira
Curadoria: André Luiz Oliveira e Carina Bini
Direção Geral: Carina Bini
Produção Executiva: Sueli Navarro
Produção local: Arthur Gonzaga
Assessoria de Imprensa: Objeto Sim
Assessoria de Redes Sociais: Ideia Prática
Edição de Imagens: Marcelo Santos
Designer gráfico: Bruno Thales
Tradução e Legendagem: Entre Asas/Lúcia Arieira
SERVIÇO
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília – Cinema, teatro e área externa
Data: 07 a 18 de dezembro 2022
Horários: ver programação
Exibições com entrada franca mediante reserva.
Ingressos e informações no site: https://ccbb.com.br/brasilia/programacao/festivalcinemaetranscendencia

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Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112 – Carmem Moretzsohn: (61) 98142-0111
Amanda Guedes: (61) 98429-0007
objetosim@gmail.com | objetosimprojetosculturais@gmail.com
CCBB Brasília
De terça-feira a domingo das 09h às 20h30
Localização: SCES, Trecho 2, Lote 22, Brasília, DF
Fone: 613108 7600

Site: bb.com.br/cultura
ingressos e informações: https://ccbb.com.br/brasilia/programacao/
Facebook/ccbb.brasilia
Twitter/ @ccbb_df
Instagram/ccbbbrasilia
Youtube/ Bancodobrasil
Assessoria de Imprensa CCBB – Bárbara Burnier – barbaraburnier@bb.com.br

Fundação Athos Bulcão celebra 30 anos de casa nova na 510 sul

Fundação Athos Bulcão celebra 30 anos de casa nova na 510 sul

Um amplo espaço oferece loja, galerias, sala de vídeo, café e muito mais

*Lançamento do calendário anual no próximo dia 8 de dezembro, das 9h às 20h

*Informações e vendas online: www.fundathos.org.br

*FOTOS EM ALTA:
https://www.flickr.com/photos/98687634@N06/albums/72177720304124384

Os muros multicoloridos do Hospital Sarah Kubitschek, injetando alegria na área central de Brasília. O desenho da luz do sol sobre as faces cheias de volumes do Teatro Nacional. Os azulejos em azul e branco que recobrem a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima. Entre painéis, vitrais, divisórias, murais e vários outros formatos, a arte de Athos Bulcão ajuda o brasiliense a se distanciar um pouco do real e se deixar levar pelo encantamento. Não à toa o artista se tornou sinônimo de Brasília. Desde 1992, a Fundação Athos Bulcão tem cuidado do acervo do mestre. Agora, a FundAthos, como é carinhosamente chamada, está completando 30 anos e de casa nova, na 510 sul.

A nova Fundação Athos Bulcão ocupa uma área de 400 m², dividida entre loja, galerias, sala de vídeo, espaço multiuso, café e jardim. No próximo dia 8 de dezembro, o Calendário anual, já tradicional na cidade, estará disponível para retirada e compra. Esta edição será ilustrada só com imagens de obras de intervenção monumental assinadas pelo mestre que ajudou a criar a identidade visual da capital do País. Vai ser uma ótima oportunidade para conhecer o que promete ser o novo local de encontro da arte de Brasília. Neste dia, o local ficará aberto excepcionalmente das 9h às 20h, para receber os visitantes.

Também para marcar a passagem dos 30 anos da Fundação – celebrados no dia 18 de dezembro – foram criados diversos objetos de arte, que estarão à venda na loja da instituição (e online, através do site da Fundação). Lá, é possível adquirir produtos como gravuras, mantas, lenços, xícaras, pratos, copos, joias , e vários outros objetos que reproduzem o trabalho do mestre e são sucesso garantido como recordações da capital. Especialmente para o Natal, foi criado um Jogo da Velha com obras de Athos e peças em aço corten de Leila Sobral. “São presentes de todos os tamanhos, tipos e preços, que remetem a Brasília”, lembra a Secretária-executiva da Fundação, Valéria Cabral, que faz parte da equipe da instituição há 26 anos.

NOVO ESPAÇO

A Fundação Athos Bulcão é responsável por divulgar, documentar, preservar, pesquisar e divulgar a obra do artista, além de comercializar diversos exemplares de sua obra, o que contribui para a sobrevivência da entidade. A instituição também desenvolve projetos na área de arte-educação, comunicação e mobilização juvenil. Para fazer tudo isso, a FundAthos precisava de mais espaço. Foi assim que surgiu a ideia de ocupar uma das grandes lojas com entradas tanto pela W3 Sul quanto pela W2 Sul com rampas de acessibilidade.

Além da venda de produtos (que também podem ser adquiridos através do site), o local abriga a AB Galeria, um espaço para a exposição permanente de obras do grande mestre que integram o acervo da instituição, com legendas traduzidas em braile e projeto de iluminação assinado por Caco Tomazzoli. Ali, o público “descobre” a imensa criatividade de Athos Bulcão, que nunca se cansou de experimentar materiais, formatos, linguagens. Athos produziu pinturas, desenhos, gravuras, fotomontagens, figurinos e cenários para teatro, capas de discos, capas de livros e esculturas, além de sua monumental obra de integração entre arte e arquitetura.

O novo espaço da FundAthos inclui ainda sala de vídeo, que exibe entrevistas, filmes sobre o artista (como o curta “Athos”, de Sérgio Moriconi) e outros registros; a Galeria Trama, aberta a apresentar o trabalho de outros artistas e que recentemente ofereceu uma mostra da obra de Kleber Cianni, artista brasileiro radicado em Berlim, com ilustrações para o livro “Aída colorida”, de Solange Cianni; a Sala Mafuá, destinada a oficinas, palestras, encontros e lançamentos, como do livro “Poesia para uma pessoa só”, do poeta João Palmo; o Café Netas de Marieta, em local onde se pode ver projetos originais, consultar livros e obter folders explicativos bilíngues; e um pequeno jardim em que Athos Bulcão recebe o visitante, em foto assinada pela fotógrafa Mila Petrillo.

O GRANDE ARTISTA

Athos Bulcão é um artista de grande importância para as artes e essencial para Brasília, cidade que acolheu e ajudou a criar. Nascido no Rio de Janeiro, em 1918, conviveu com alguns dos mais relevantes artistas e intelectuais brasileiros do Modernismo. Iniciou sua carreira artística como assistente de Cândido Portinari e auxiliou o grande pintor no desenvolvimento do painel de azulejos da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Essa experiência foi fundamental para Athos aproximar arte e arquitetura, que se tornou marca de seu trabalho e o levou a se tornar mundialmente famoso.

Quando o arquiteto Oscar Niemeyer o conheceu, encantou-se com seus desenhos e o convidou a criar painéis em azulejos para seus edifícios. Começava assim uma parceria de décadas. Em 1958, Athos mudava-se para Brasília, onde permaneceria até sua morte, em 2008. Seu legado está em mais de 260 obras de integração em Brasília, além de outras cidades do Brasil (como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belém e Recife) e no exterior, em países como França, Itália, Índia, Argélia, Argentina dentre outros.

Mas o artista nunca se acomodou. Foram 70 anos de pesquisas e estudos, que produziram obras em diferentes formatos e linguagens. Era incansável e utilizava com maestria seus conhecimentos sobre o uso das cores e da geometria. Hoje, Athos Bulcão é matéria obrigatória nos 4º e 5º anos do ensino fundamental, da Rede de Ensino do Distrito Federal.

A Fundação Athos Bulcão investe em educação patrimonial para que a população de Brasília valorize e conheça sua história e seus bens culturais. A instituição é presidida por Paulo Brum Ferreira, tem como vice-presidentes Sérgio Moriconi e Márcia Zarur e a Secretaria Executiva é exercida por Valéria Cabral.

FUNDAÇÃO ATHOS BULCÃO

Local: W3 Sul – Quadra 510, Bloco B, loja 31
Horários de funcionamento: 2ª a 6ª, das 9h às 18h; sábados, das 9h às 14h
Lançamento do calendário anual: dia 8/12, das 9h às 20h
Contato: (61) 3322.7801 – 98435.9726
Mais informações: www.fundathos.org.br
fundathos@fundathos.org.br

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Assessoria de imprensa: Objeto Sim Projetos Culturais
Gioconda Caputo: (61) 98142-0112 – Carmem Moretzsohn: (61) 98142-0111
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objetosim@gmail.com | objetosimprojetosculturais@gmail.com